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 | 18/11/2008 15h11min

Petrobras vai adiar projetos em razão da crise

Empresa vai priorizar apenas os projetos que tenham retorno rápido

Atualizada às 18h13min

A Petrobras revê seus projetos de produção de petróleo e gás dentro e fora do Brasil para ajustar-se ao cenário de baixos preços, afirmou nesta terça-feira seu gerente corporativo de novos projetos, José Jorge de Moraes, ponderando que a prioridade em novas explorações continuará sendo a de camadas do pré-sal. A Petrobras realiza um dos mais ambiciosos programas de investimento em prospecção, produção e refino de petróleo e gás mundo, com um investimento previsto para US$ 112 bilhões até 2012.

— É óbvio que no momento que o petróleo cai de US$ 140 para US$ 60 por barril, há um impacto na geração interna de caixa, que é responsável pela manutenção de projetos de curto prazo — acrescentou.

Ele ponderou, entretanto, que os cortes serão feitos em planos que não têm impacto na curva de produção da empresa em 2009 e 2010, nem na segurança operacional. A Petrobras elabora seu novo plano corporativo para o período 2009-2013, que tinha previsão para o fim desse ano, mas foi atrasado devido à volatilidade do mercado petroleiro e dos preços.

Além da forte queda na cotação do barril de petróleo, a indústria petrolífera sofre como o resto da economia pelas restrições ao crédito e também pela queda da demanda.

— O plano foi muito afetado pela oscilação dos preços porque impacta a geração de caixa, enquanto as margens de refino se vêem alteradas — explicou Moraes.

A empresa também dará prioridade a projetos para produzir petróleo leve e médio, de maior valor comercial do que o pesado que tradicionalmente extrai dos campos convencionais. Apesar dos ajustes, a Petrobras continuará priorizando o desenvolvimento de campos na chamada camada do pré-sal, onde há jazidas de petróleo leve em mar aberto, após de uma camada de sal marinha de até dois quilômetros de espessura.

Para 2010, a empresa prevê ter já uma produção inicial de 100 mil barris por dia de petróleo leve no campo de Tupi, do pré-sal, disse o gerente.

— Embora os preços caiam, os projetos do pré-sal se mantêm rentáveis, porque são de médio e longo prazo — afirmou Moraes após definir esses investimentos como "o maior desenvolvimento petroleiro do planeta" na atualidade.

A Petrobras prevê fechar 2008 com uma produção média de 1,950 milhões de barris por dia e alcançar os 2,421 milhões em 2012, segundo os números apresentadas pelo executivo.

Entenda a crise:

EFE
 
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