| 17/10/2008 10h27min
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse nesta sexta-feira que o programa de resgate financeiro demorará algum tempo para restabelecer o fluxo de crédito e prometeu que o governo não exercerá controle sobre os bancos.
Em discurso na Câmara de Comércio antes da abertura da Bolsa em Nova York, Bush pediu paciência aos mercados para deixar que o programa de resgate de US$ 700 bilhões surta efeito, ação que, segundo ele, é "suficientemente grande e audaz" para funcionar:
— Estas ações demorarão um tempo para ter seu impacto completo. Os mercados de crédito demoraram um tempo para se congelarem e também vai passar algum tempo para que se descongelem.
O presidente afirmou que a compra prevista de ações dos bancos por parte do governo não significa uma nacionalização dessas entidades.
— A intervenção do governo não é uma tomada de controle, não pretende debilitar o livre mercado, mas fortalecê-lo — afirmou.
Bush dedicou grande parte de seu discurso a justificar
a intervenção pública, que classificou como "o último recurso".
— Eu me oporia a estas medidas em circunstâncias normais, mas estas não são circunstâncias normais — assinalou.
Bush disse que o Departamento do Tesouro não entrará nos conselhos diretores dos bancos nem os dirigirá.
— Se o governo não tivesse atuado, o buraco em nosso sistema financeiro teria crescido ainda mais — afirmou.
O presidente assinalou que nestes momentos de crise Estados Unidos deve "evitar a falsa tentação do isolamento econômico". Nesse sentido, apelou mais uma vez ao Congresso para que aprove este ano os tratados de livre-comércio com Colômbia, Panamá e Coréia do Sul.
Entenda a crise:
EFE
Em discurso na Câmara de Comércio antes da abertura da Bolsa em Nova York, Bush pediu paciência aos mercados
Foto:
Matthew Cavanaugh/EFE
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