| 15/10/2008 11h18min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira que o Banco Central tomará o depósito compulsório de volta, caso os bancos beneficiados com a suspensão do pagamento não garantam liquidez ao mercado financeiro. A afirmação foi feita em Nova Delhi, onde participou da 3ª Reunião de Cúpula do Ibas - grupo que reúne Índia, Brasil e África do Sul.
Sobre a medida do banco de injeção de até R$ 100 bilhões no mercado, o presidente disse que "o BC só vai liberar o dinheiro na medida em que houver a concessão do empréstimo (pelos bancos)". O presidente disse ainda que o governo não vai ajudar diretamente as empresas que enfrentarem dificuldades por causa da crise. O que poderá ser feito é um empréstimo bancário.
— Quem tomar dinheiro, será emprestado [diretamente com os bancos].
Mais cedo, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, disse que o governo brasileiro está atento para o caso de os exportadores
precisarem de ajuda para enfrentar a
crise. Lula comentou também os prejuízos de empresas brasileiras que investiram em dólares.
Segundo ele, "todas as empresas que apostaram e perderam têm que arcar com as responsabilidades. Obviamente que o Brasil estará disposto a criar condições para que o sistema financeiro empreste dinheiro pela lógica de mercado".
Entenda a crise:
Lula: "BC só vai liberar o dinheiro na medida em que houver a concessão do empréstimo (pelos bancos)"
Foto:
EFE
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