O governo vai retirar a urgência de quatro projetos de lei, inclusive o que cria o Fundo Soberano, para viabilizar a desobstrução da pauta e a votação da MP anticrise, que permite ações de ajuda ao mercado de crédito por parte do Banco Central. O acordo foi proposto pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia. O projeto do Fundo Soberano é o principal ponto de divergência entre governo e oposição, o que acabou provocando sucessivas obstruções das votações desde a semana passada.

O líder do governo, deputado Henrique Fontana (PT), anunciou a decisão que foi tomada nesta quarta em reunião dos líderes da base aliada. A oposição reivindicava a retirada da urgência como requisito para o acordo. Para votar a MP do Banco Central, os deputados ainda precisam votar quatro medidas provisórias com prazo de tramitação vencido.

Pelo acordo, os partidos se comprometeram a aprovar urgência regimental para os quatro projetos, que serão votados depois do segundo turno das eleições municipais. O líder do PPS, deputado Fernando Coruja (SC) assumiu em nome da oposição o compromisso de votar as quatro medidas provisórias em pauta, mas advertiu que os partidos de oposição não abrem mão de obstruir a pauta para impedir a aprovação do Fundo Soberano.

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