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 | 13/10/2008 19h27min

Equador revoga visto de quatro funcionários da Odebrecht

Decreto estendeu medida a cinco funcionários da Furnas Centrais Elétricas

O governo do Equador ordenou a revogação dos vistos de quatro funcionários da construtora Odebrecht, expulsa em setembro do país por não realizar os consertos de uma hidroelétrica construída no país, informou hoje a presidência. Através de um decreto executivo assinado em 9 de outubro e tornado público hoje, o presidente do Equador, Rafael Correa, estendeu a revogação de vistos a cinco funcionários da Furnas Centrais Elétricas S/A, segundo o chefe de Estado.

Furnas era encarregada de fiscalizar o conserto da hidrelétrica de San Francisco construída pela Odebrecht e que apresentou falhas em sua estrutura poucos meses depois de ser entregue ao Estado equatoriano. O decreto especifica que se os funcionários tanto da Odebrecht quanto de Furnas estiverem no Equador, deverão deixar o país "em 48 horas".

A revogação dos vistos recai sobre Fábio Andreani Gandolfo, Fernando Bessa, Luiz Antônio Mameri e Eduardo Gedeon, funcionários da Odebrecht. Já os afetados de Furnas são Newton Goulart Graça, Ricardo Thadeu Gonçalves, José Francisco Farage, Carlos Reis e Devorcir Magalhães.

O Equador mantém uma disputa com o Brasil pelos contratos que a Odebrecht tem no país. O governo equatoriano acusa a brasileira de não ter realizado os consertos da hidrelétrica de San Francisco, paralisada desde junho. O governo equatoriano retirou a execução de três obras da construtora, entre as quais constam as hidrelétricas Toachi Pilaton, Baba, o projeto de irrigação Carrizal Chone e o aeroporto de El Tena.

A Secretária Anticorrupção informou nesta segunda-feira que fez denúncias em diferentes procuradorias do país para que investiguem os supostos atos de corrupção que autoridades equatorianas poderiam ter cometido com a construtora na concessão desses projetos. A Chancelaria do Equador se encarregará da execução da revogação dos vistos, assim como a polícia e as prefeituras, acrescentou o decreto.

Além disso, os funcionários dos organismos e entidades e empresas públicas que formam a função Executiva e que assinaram contratos com a Odebrecht devem fazer "as gestões e trâmites necessários para conseguir a terminação dos convênios mencionados".

EFE
 
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