O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, pediu nesta quinta-feira que os países da União Européia (UE) colaborem na busca de uma solução para a crise financeira e não adotem medidas unilaterais.

— Insisto aos países da União Européia a trabalharem juntos. Não existe uma solução nacional para uma crise como esta — disse o diretor-gerente do FMI em entrevista coletiva antes da assembléia anual desta entidade e do Banco Mundial.

"As ações solitárias devem ser evitadas e condenas", declarou Strauss-Kahn, ex-ministro de economia da França, que afirmou que a crise "está globalizada". O diretor-gerente do FMI declarou que é imprescindível que aconteça uma recapitalização dos bancos para solucionar a crise.

Além disso, afirmou que "todos os países que tenham possibilidade de adotar um estímulo fiscal devem fazer isto". Também avaliou positivamente a diminuição coordenada das taxas de juros realizada ontem pelos principais bancos centrais do mundo.

Em todo caso, afirmou que as medidas macroeconômicas devem ser combinadas com um plano de ação na área financeira, que faça com que os mercados de crédito voltem a funcionar.

— A confiança é a primeira coisa que temos que restabelecer — declarou Strauss-Kahn.

O diretor-gerente do FMI disse que ativou um programa de empréstimos urgentes de sua entidade, que "está pronta para responder às demandas de países que enfrentem problemas".

Os ministros de economia e presidentes dos bancos centrais de todo o mundo se reunirão neste fim de semana em Washington para a Assembléia anual do FMI e do Banco Mundial, que será dominada pela crise financeira.

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