| 09/10/2008 06h57min
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, responsabilizou o Fundo Monetário Internacional (FMI) pela crise financeira mundial e disse que a entidade "não deveria falar", e sim "se suicidar". Chávez participa em Caracas de uma conferência organizada por seu governo em busca de uma resposta à turbulência global. Até o próximo sábado, debatem economistas, filósofos e políticos de esquerda de vários países latino-americanos, europeus e asiáticos.
— Dissolvam o FMI, desapareça do mundo! — disse.
O presidente venezuelano afirmou que a crise atual já foi vivida "100 vezes" na América Latina e que "os resultados estão claros: a miséria, a pobreza, a desnutrição infantil". Insistiu na necessidade de se criar um sistema financeiro novo, sustentado em organizações como um "banco internacional petroleiro" ou bancos binacionais, como os que seu governo propôs criar com Irã, Rússia e China.
Chávez comemorou a não adoção da Área de Livre Comércio para as Américas
(Alca), encabeçada pelos Estados
Unidos. Caso contrário, segundo ele, "os bancos que estão quebrando teriam tragado os bancos" da região.
— Somos obrigados a identificar as possibilidades de saída para nossos povos. O problema não é econômico, é político, é ético — completou.
GRÁFICO: entenda a crise global
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