A busca pelo petróleo na camada pré-sal catarinense, a 220 quilômetros da costa de Santa Catarina, já começou. O anúncio foi feito na tarde desta sexta-feira pelo diretor de Produção e Exploração da estatal, Guilherme Estrella, em visita a Itajaí.

A perfuração do poço SC-13, onde o primeiro interesse é a existência de óleo e gás acima da camada de sal, deve avançar até 2009 também abaixo do pré-sal. De acordo com Estrella, a área apresenta perspectivas positivas de óleo de boa qualidade a cerca de 6,5 mil metros de profundidade.

O diretor revelou que, até o momento, a Petrobras já encontrou gás com grande pressão no início da perfuração do SC-13. A operação parou temporariamente para garantir a segurança do trabalho. Mas a estatal espera que a retomada seja breve, com a chegada de três novas sondas para perfuração no pré-sal.

O SC-13 é um dos sete poços que a Petrobras começa a perfurar ainda em 2008 na Bacia de Santos. A preferência deu-se porque a camada de sal seria menos espessa em águas catarinenses.

— Não podemos prever produção no pré-sal nesta região, pois os estudos estão só iniciando. Mas outras descobertas nos farão reestruturar significativamente o Ativo Sul — declarou Estrella.

Nova reserva em águas rasas

A notícia entusiasmou líderes empresariais e políticos de Itajaí que assistiram à palestra, no auditório do Porto. O dirigente da Petrobras aproveitou a visita para anunciar a descoberta de uma reserva estimada em 150 milhões de barris de petróleo em águas rasas, nos poços de Sidon e Tiro, ao sul da Bacia de Santos, em São Paulo.

A informação foi encaminhada na quinta-feira à Agência Nacional do Petróleo e divulgada oficialmente nesta sexta-feira para o país. Com a produção nos dois poços prevista para iniciar daqui a aproximadamente um ano, a estrutura catarinense da Petrobras, o Ativo de Produção Sul, sediado em Itajaí, terá, no mínimo, duplicado o número de profissionais na área de produção de petróleo e gás.

As unidades da Petrobras em Itajaí contam atualmente com cerca de 170 funcionários. Com o fim da produção no Campo de Coral até dezembro deste ano, a estrutura e o efetivo do Ativo de Produção Sul terão funções redirecionadas aos poços de Sidon e Tiro, para se começar a avaliar a produtividade. As reservas são arenosas e estão a aproximadamente 2.060 metros de profundidade.