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 | 17/09/2008 20h05min

Crise nos EUA pode comprometer investimentos no pré-sal, diz executivo da Petrobras

Empresa não está preocupada com a queda no preço de suas ações nas bolsas de valores

O gerente-executivo de Finanças da Petrobras, Pedro Bonésio, concordou nesta quarta-feira com a afirmação do presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, de que o prolongamento da crise econômica gerada a partir do mercado imobiliário americano possa vir a influenciar no andamento dos trabalhos de desenvolvimento dos campos do pré-sal.

Para ele, no entanto, o fato é que a demanda de recursos para o desenvolvimento da atividade de produção do pré-sal se dará mais à frente e que, para este ano, a estatal está “totalmente resolvida do ponto de vista dos investimentos e não haverá qualquer problema com relação aos recursos a serem investidos”. Bonésio disse que a empresa só terá uma dimensão da necessidade de recursos e um cronograma claro de investimentos exigidos pelo pré-sal quando o Plano de Negócios da estatal para o período 2009/2020 for divulgado em outubro próximo.

— Se a crise perdurar todo mundo vai ter que refazer seus portfólios e reavaliar seus planos, inclusive a Petrobras. Mas como a demanda principal vai acontecer alguns anos à frente, a gente espera que até lá os mercados já tenham se recuperado — disse.

O executivo disse que a Petrobras não está preocupada com a queda excessiva no preço de suas ações nas bolsas de valores, uma vez que não está nos planos da estatal, no momento, emitir ações. Ele informou ainda que a empresa captou este ano cerca de US$ 7,2 bilhões em operações no mercado financeiro.

— Esta captação se deu de várias formas: via mercado de capitais, empréstimos bancários e também em project finance. Foi uma capitação bastante bem dividida e que nos permite ficar fora do mercado neste momento de turbulência — avaliou.

Sobre a queda do preço do petróleo no mercado internacional, Bonésio afirmou que ela ainda não afeta os investimentos da estatal e não inviabilizam economicamente as explorações de petróleo e gás natural na área do pré-sal.

— Nossos projetos são bastante robustos e suportam variações do preço do petróleo, mantendo atratividade dos nossos empreendimentos — afirmou, sem detalhar, porém, até onde a queda pode ir sem inviabilizar os projetos.

Ele admitiu, porém, que a queda no preço internacional do petróleo atinge um pouco a geração de receita da empresa, “mas também afeta o custo dos insumos que a empresa tem que comprar — e uma coisa acaba compensando a outra”.

AGÊNCIA BRASIL
 
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