Notícias

 | 03/06/2008 15h52min

Secretário da Agricultura de SP diz que está otimista sobre recuperação de mercados para carne bovina

Conforme João Sampaio, objetivo é retomar negociações com União Européia e Chile, que não importam o produto do Estado

O secretário da Agricultura de São Paulo, João Sampaio, reafirmou a expectativa de reconquistar mercados para a carne bovina depois que a Organização Internacional de Saúde Animal reconheceu o Estado e outras nove unidades da federação como livres de febre aftosa. O reconhecimento foi feito durante reunião da OIE, em Paris, capital francesa.

– Entre outros, União Européia e Chile, que não importam carne proveniente de São Paulo, vão poder importar – disse Sampaio em entrevista ao programa Mercado e Companhia, nesta terça-feira, dia 3, sobre os principais clientes com quem o Estado quer retomar as negociações.

João Sampaio lembrou que até o ano de 2005, quando ocorreram os focos de febre aftosa em Mato Grosso do Sul e no Paraná que motivaram a série de embargos contra a carne brasieleira, São Paulo era o principal exportador de carne bovina do Brasil. O Estado teve os negócios prejudicados, apesar do rebanho paulista não registrar casos da doença há 12 anos.

– Agora não tem mais desculpa. Voltamos ao mercado com carne bovina, mas já estamos tentando abrir o mercado para outros produtos de São Paulo – afirmou Sampaio.

O secretário da Agricultura de São Paulo, João Sampaio, disse acreditar que o Brasil voltará a abastecer grande parte do mercado mundial de carne de forma gradual, mesmo ressaltando que é muito mais difícil reconquistar a confiança da outra parte do que conquistá-la pela primeira vez. Ele acrescentou que o Brasil tem feito o que lhe cabe na questão sanitária, mas avaliou que ainda há espaço para melhorar mais.

– Temos um desafio imediato, que é acabar com a aftosa em todo o Brasil e, depois, através do marketing, ter uma marca da carne brasileira, ter uma garantia de qualidade, sanidade dos nossos produtos. Garantia de sustentabilidade e avançar sobre os grandes mercados mundiais de carne bovina – declarou João Sampaio, citando entre esses grandes mercados o Japão, a Coréia do Sul e Estados Unidos.

Ainda segundo o secretário da Agricultura de São Paulo, o Brasil deixa a desejar em marketing. Para João Sampaio o país pode e deve promover melhor seus produtos. Ele usou uma comparação entre o café do Brasil e da Colômbia para dar um exemplo da conseqüência negativa dessa falta de investimento em imagem. De acordo com o secretário, os colombianos promovem tão agressivamente o produto do país que, em vários lugares do mundo, o café brasileiro de qualidade é consumido como se fosse o colombiano.

Renda e custos

Para o secretário João Sampaio, a alta nos custos de produção, que diminui a rentabilidade do produtor, é o principal problema a ser atacado. O chefe da pasta da Agricultura no Estado de São Paulo adota um tom crítico em relação à postura do Governo Federal. Segundo ele, a prática é diferente do discurso.

– Precisa atacar de frente. Enxergar que esse é um fator tão ou mais forte do que logística e infra-esrutura.

Segundo João Sampaio, o governo federal segurou os preços da gasolina e do gás de cozinha para preservar a popularidade. Em contrapartida, aumento custos, por exemplo, do nafta, que tem impacto nos preços dos defensivos, e do óleo diesel, que impacta no transporte da produção

– Não adianta ter remuneração excelente do produto final se o custo inviabiliza. Tem de rever. Se não, nós não vamos aumentar a produção com sustentabilidade.

CANAL RURAL
 
SHOPPING
  • Sem registros
Compare ofertas de produtos na Internet

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.