O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, concedeu entrevista nesta terça-feira, dia 27, ao programa Campo Online, do Canal Rural. Ele afirmou que a liberação da comercialização de carne bovina de 10 Estados brasileiros anunciada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) é "um trunfo a mais para o Brasil", mas que ainda levará algum tempo até que seus efeitos sejam sentidos.

Kroetz afirmou que o mercado irá reagir ao anúncio com mudanças de preços e aumento na procura pelo produto. Ele destacou que, em 2005, quando o Brasil teve o reconhecimento de cinco Estados como livres de febre aftosa, a busca por alimentos no mundo não era a mesma que é atualmente. Sendo assim, o país deverá sentir uma grande diferença na demanda da carne bovina, que irá crescer.

Para o secretário, a reação levará algum tempo, pois o mercado se ajusta lentamente. Os países com quem o Brasil mantinha relações comerciais antes do embargo voltarão fazer negócio, mas provavelmente serão necessárias algumas adaptações antes que isso aconteça. Para ele, trata-se de avaliar necessidades, preços, quantidades e qualidades do produto antes que se reestabeleçam as relações comerciais.