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 | 27/05/2008 20h32min

Decisão da OIE sobre carne brasileira decepciona produtores do Mato Grosso do Sul

Para eles, resultado negativo é conseqüência da falhas na elaboração do cronograma de implantação da Zona de Alta Vigilância Sanitária

Luiz Patroni  |  reportagem@canalrural.com.br

A decisão da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, sigla em inglês) de não devolver o status de área livre de febre aftosa com vacinação para Mato Grosso do Sul decepcionou a classe produtora do Estado. Nesta segunda-feira, dia 26, em Paris, 10 Estados brasileiros receberam o reconhecimento da OIE de que são áreas livres da doença com vacinação.

Para os pecuaristas sul-matogrossenses, o resultado negativo é conseqüência da falhas na elaboração do cronograma de implantação da Zona de Alta Vigilância Sanitária (ZAV), uma exigência do organismo internacional para voltar a dar crédito à pecuária local.

Dois anos e sete meses depois da doença ter sido registrada em propriedades da região sul do Estado, os organismos internacionais ainda mostram desconfiança com relação à eficiência do controle sanitário na fronteira com o Paraguai. Este foi o principal motivo que adiou para julho a decisão sobre o status sanitário do MS.

Para o presidente da Associação dos Criadores (Acrissul), Laucídio Coelho Neto, o problema foi o atraso na implantação de algumas ações da ZAV, como a não conclusão da identificação de todos os animais existentes no local.

Segundo o Ministério da Agricultura, a decisão da OIE em adiar a discussão sobre o status sanitário de Mato Grosso do Sul foi motivada pela falta de informações científicas no relatório sobre as ações desenvolvidas no Estado. Mesmo decepcionada, a classe produtora acredita que isso não deverá trazer impactos negativos para o setor.

Para Laucídio Coelho Neto, mesmo não sendo a esperada, a notícia chega em um momento em que a pecuária vive uma boa fase, com preços em alta e bastante otimismo. Segundo ele, a decisão não prejudica o setor, já que os preços estão bons, e o Estado está recuperando alguns mercados compradores do produto.

Já para o analista de comércio exterior Aldo Barrigossi, o adiamento da decisão sobre o status sanitário de Mato Grosso do Sul vai atrasar o processo de retomada das vendas de carne bovina para países que suspenderam as compras do produto sul-mato-grossense. Para ele, o melhor a ser feito agora é apostar nas comercializações no mercado interno e consolidar as vendas com países que já voltaram a comprar carne do Estado, como por exemplo a Rússia.

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