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 | 28/05/2008 09h11min

Países da UE pedem que reforma da Política Agrícola Comum melhore oferta de alimentos

Ministros da Agricultura iniciaram debates sobre o projeto nessa terça-feira

Um grupo majoritário de países da União Européia (UE) exigiu nessa terça-feira, dia 27, que a reforma da Política Agrícola Comum (PAC) ofereça soluções à alta no preço dos alimentos.

– Muitos países pedem que se aproveite a ocasião da revisão da PAC para melhorar a situação dos preços e da escassez de alimentos no mundo – disse a ministra de Meio Ambiente, Meio Rural e Marinho da Espanha, Elena Espinosa.

A Espanha considera que algumas das medidas incluídas no projeto de Bruxelas para a reforma, como o aumento de 1% anual de cotas leiteiras, "não são suficientes para o setor".

Os ministros de Agricultura da UE começaram nessa terça-feira os debates sobre a proposta legal para a revisão da PAC, em uma discussão na qual alertaram para a importância de manter a agricultura européia e não incentivar o abandono, diante do risco de que se reduza a oferta alimentícia.

Os países ligaram a reforma ao problema do preço dos alimentos e, frente a um grupo grande que defendeu a PAC neste contexto, os mais liberais (Reino Unido, Suécia e Dinamarca) apontaram que é um bom momento para liberalizar mais as importações, segundo fontes comunitárias.

Segundo a ministra espanhola, "o mercado não resolve tudo e a PAC tem um papel importante".

Dentro da revisão da PAC, Bruxelas coloca medidas como a supressão das cotas leiteiras em 2015 e, enquanto isso, uma alta de 1% em cinco anos dessas quotas para que o setor se adapte e para que se garanta uma maior oferta.

Bruxelas prevê também a eliminação das limitações ao cultivo de cereais mediante a aração obrigatória, que até o ano passado obrigava o agricultor a deixar sem cultivar 10% de sua superfície de sementeira. Está previsto também o fim da ajuda às produções de biocombustíveis.

No caso das cotas leiteiras, Espinosa manifestou que "se há um desaparecimento de cotas e antes se pretende uma aterrissagem suave, as porcentagens propostas (de alta) são poucas".

Segundo Espinosa, é "praticamente impossível" impedir que as cotas terminem em 2015, porque foi uma decisão aprovada em 2003 e hoje não é o assunto que está em discussão.

Entre os países que defendem uma maior alta de cotas estão Itália, Holanda e Polônia.

AGÊNCIA EFE
 
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