Notícias

 | 27/05/2008 17h43min

Líderes africanos buscam aprendizado sobre agroenergia no Brasil

Missão que reúne representantes de seis países da África visitou unidades da Embrapa

O desafio de diversificar a matriz energética tem levado líderes de diversos países africanos a buscar conhecimento fora de suas fronteiras. Representantes de ministérios de ciência e tecnologia, agricultura, de universidades e da iniciativa privada da África do Sul, Moçambique, Zaire, Tanzânia, Camarões e Zâmbia visitaram a Embrapa Cerrados, localizada em Planaltina (DF), nesta terça-feira, dia 27. Eles foram conhecer as pesquisas com fontes alternativas para produção de agroenergia desenvolvidas pela unidade da empresa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A comitiva, composta por 15 pessoas, conheceu áreas de produção e, segundo o venezuelano Carlos Chanduvi, gerente da Organização de Desenvolvimento Industrial das Nações Unidas (Unido), o grupo ficou impressionado com “a magnitude e mecanização da cana-de-açúcar” cultivada no país.

Os visitantes iniciaram seu roteiro no Brasil no dia 22 de maio por Foz de Iguaçu (PR). No dia seguinte, o grupo conheceu áreas de cultivo de cana-de-açúcar em Piracicaba (SP). Já em Brasília (DF), a missão esteve no Ministério da Educação, no Senai e Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Após as visitas às unidades Cerrados e Agroenergia da Embrapa, o grupo de estudos segue ao Rio de Janeiro, onde estão previstos encontros na Agência Nacional do Petróleo, Inmetro e Petrobrás.

Energia e produção de alimentos

O pesquisador Roberto Teixeira Alves, chefe-geral da Embrapa Cerrados, lembrou aos líderes africanos que o Brasil deve colher este ano uma safra agrícola recorde de 142 milhões de toneladas para dizer que o país tem uma posição única no mundo por ter condições de aumentar ao mesmo tempo as produções de alimento e etanol.

– No Brasil, não é correto dizer que a agroenergia está competindo com a produção de alimentos – afirmou.

A missão da África conheceu ainda experimentos com pinhão manso e dendê para a fabricação de biodiesel. Para o engenheiro químico André Kudlinski, do Ministério da Indústria e Comércio da África do Sul, o crescimento econômico requer maior consumo de energia e não há como alcançar desenvolvimento sem produção de energia renovável. A aposta do país, conforme o presidente da Associação de Biocombustível, Andrew Makenete, são as culturas da canola, girassol e soja para produção de biodiesel.

EMBRAPA
 
SHOPPING
  • Sem registros
Compare ofertas de produtos na Internet

Grupo RBS  Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.