| 22/05/2008 22h01min
O governo federal quer diversificar a produção do biodiesel e está incentivando o plantio de canola. Até 2010 agricultores de cinco Estados brasileiros terão seguro total para cultivar a planta, criando uma nova alternativa de renda para produtores rurais. Num intervalo de dois anos o preço da tonelada do óleo extraído da canola saltou de R$ 1,9 mil para 5,3 mil – uma valorização de 166%.
Por enquanto o Brasil só usa o óleo de canola na cozinha, mas ele também pode ser transformado em biocombustível. Pelas metas do governo federal, o Rio Grande do Sul deve ser o primeiro a produzir o biodiesel a partir da planta. O Estado já é responsável por 20% da produção nacional de biocombustíveis.
– O Rio Grande do Sul tem uma vocação climática bastante adequada ao cultivo da canola – é uma região que tem um inverno bem definido, uma estação de chuvas bem definida, condição de solos adequada. E tanto as indústrias quanto os agricultores envolvidos querem ter mais uma alternativa de matéria prima para o biodiesel – destaca Arnoldo de Campos, coordenador do Programa Nacional do Biodiesel.
O produtor rural Reneé Lago, de Passo Fundo, é um dos pioneiros no cultivo da canola. Ele já planta soja no verão e está trocando o trigo pela canola para ocupar a terra no inverno.
– Pra nós que somos pequenos agricultores, com pouca terra, eu acho que é uma alternativa. É uma planta que não compete com a soja e o governo está incentivando.
O incentivo vem através do seguro rural, que até 2010 vai beneficiar também os produtores em Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
– É muito bom pro agricultor, porque ele aumenta as suas fontes de renda. É muito bom pro biodiesel, que tem mais matéria prima, e pro próprio setor alimentício – diz Arnoldo de Campos, coordenador do Programa Nacional do Biodiesel.
LETÍCIA DE OLIVEIRA/BRASÍLIAGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.