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 | 10/05/2008 21h16min

E-mail sobre vazamento de dossiê tinha final planalto.gov.br

Informação foi divulgada com exclusividade pelo Jornal Nacional neste sábado

O e-mail usado por um funcionário da Casa Civil para vazar o dossiê com gastos sigilosos do governo Fernando Henrique Cardoso foi enviado pelo endereço japarecido@planalto.gov.br, segundo informações exclusivas do Jornal Nacional e do site G1.

De acordo com laudo do Instituto de Tecnologia da Informação (ITI), José Aparecido Nunes Pires, secretário de controle interno do ministério, mandou as informações por e-mail (do dia 20 de fevereiro, às 11h47min) para André Eduardo da Silva Fernandes, assessor do senador Álvaro Dias, do PSDB.

O e-mail tem dois arquivos: um texto técnico e uma planilha excel com gastos de 1998 a 2002. Em pastas, há despesas da ex-primeira-dama, Ruth Cardoso, e da chef de cozinha Roberta Sudbrack. As dos ex-ministros Eduardo Jorge, Arthur Virgílio e Clóvis Carvalho aparecem em branco. O arquivo foi feito pela Presidência da República, no dia 11 de fevereiro.

Dilma

A ministra Dilma Rousseff passou o sábado em Brasília. Ela não se manifestou sobre o laudo preliminar do ITI, responsável pela perícia nos computadores da Casa Civil. A ordem no Planalto é esperar pelo fim da sindicância e da investigação da Polícia Federal sobre o vazamento do dossiê.

José Aparecido alegou que o arquivo que mandou para André Fernandes não era o dossiê.

André disse que o que o ITI encontrou na perícia é a pura verdade e não há como José Aparecido negar.

Ele disse ainda que se sentiu intimidado ao receber o dossiê. Há cinco anos, André e o senador Álvaro Dias tentavam conseguir os gastos sigilosos do governo Lula e, no momento em que estava para sair a CPI dos Cartões Corporativos, mandaram o arquivo. André disse que era como se fosse para avisar que haveria "troco".

André falou por telefone e relatou conversas em que José Aparecido afirmou que não tem bom relacionamento com Erenice Guerra, braço direito da ministra Dilma, e que José Aparecido disse que partiu de Erenice a ordem para levantar os dados, que ela chamou de "exóticos", do governo FH.

A convocação de José Aparecido e André na CPI dos Cartões une oposição e governo.

— O governo quer que seja tudo investigado. Profundamente. Tanto pela Polícia Federal quanto pela CPI que está no Congresso — disse o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

 
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