Para o senador Álvaro Dias (PSDB), o servidor José Aparecido Nunes Pires não pode ser penalizado pelo suposto dossiê com os gastos da Presidência no governo de Fernando Henrique Cardoso. Na quinta-feira, um laudo técnico dos peritos que examinaram computadores do Palácio do Planalto revelou que o funcionário da Casa Civil vazou as informações do dossiê com os gastos da Presidência no governo de Fernando Henrique Cardoso. Aparecido teria mandado o documento para André Eduardo da Silva Fernandes, assessor do parlamentar.

— O nome de José Aparecido não é o mais importante da história, mas o de quem coordenou e elaborou o dossiê. Em teoria, o responsável é quem comanda o setor — disse, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha.

Segundo laudo, um e-mail enviado no dia 20 de fevereiro continha um arquivo anexo com 28 páginas, onde estavam as informações sobre gastos sigilosos da Presidência no governo FH. O senador conformou que o seu assessor recebeu o material, que continha dados que seriam utilizados, segundo ele, para a chantagem política. Questionado se a divulgação teria sido feita por engano, o senador disse não acreditar nessa possibilidade:

— Houve a intenção de despachar esse dossiê, mas fica nítido que houve a quebra do cronograma.