A CPI do Detran ouve nesta segunda-feira os ex-presidentes do Detran durante o governo Olívio Dutra, Mauri Cruz e Luiz Carlos Bertotto, que já prestou depoimento e negou irregularidades durante sua presidência. 

Teve início por volta das 18h30min o segundo depoimento de hoje na CPI do Detran, de Cruz, que foi presidente da instituição em 2001 e 2002. Antes, falou à comissão o engenheiro Bertotto, que presidiu o Detran em 1999 e 2000. Ele defendeu que não foram constatados ilegalidades nas contas neste período.

Em seu depoimento, Bertotto disse que os desvios nos órgãos públicos não se dão pela forma como são feitas as contratações, mas pela ausência de acompanhamento e controle: 

— O importante é ver se os contratos estão funcionando conforme o acordado. 

Bertotto disse também que na sua gestão já havia um contrato em vigor com a Fundação Carlos Chagas, que foi prorrogado, e se recusou a opinar sobre a adequação dos contratos firmados posteriormente.

O esquema descoberto pela Polícia Federal (PF) na operação Rodin teria desviado R$ 44 milhões a partir de irregularidades em contratos para a realização de exames de carteiras de habilitação. Até o final da semana a PF deve encaminhar o inquérito à Justiça.