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 | 29/02/2008 07h39min

Sindicatos de petroleiros convocam protestos após queda de helicóptero

Sindipetro suspenderá, a partir de hoje, a emissão de Permissões de Trabalho

Sindicatos de trabalhadores petroleiros convocaram nesta quinta-feira vários protestos contra a Petrobras e ameaçaram fazer uma greve, depois que na terça-feira um acidente de helicóptero, pouco depois de decolar da plataforma P-18, na Bacia de Campos, deixou pelo menos quatro mortos. O primeiro da série de protestos foi convocado pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro), que suspenderá, a partir de hoje, a emissão de Permissões de Trabalho.

Estas autorizações são um procedimento que consiste em um conjunto de recomendações destinadas a garantir que as atividades, programadas ou não, envolvendo manutenção ou outro trabalho semelhante, não venham a comprometer a segurança das pessoas ou causar danos à propriedade. Segundo o diretor de comunicações da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Divanilton, os próprios sindicatos organizarão equipes para analisar quais solicitações de trabalhos têm urgência ou não.

— Caso não sejam urgentes e não coloquem em risco a segurança das operações, não vamos cumpri-las — disse Divanilton.

O diretor afirmou que o protesto pretende chamar a atenção para o que definiu como situação de insegurança nos vôos.

— Chega de mortes, estamos protestando porque os números de acidentes são elevados — afirmou o sindicalista.

O helicóptero Superpuma, a serviço da Petrobras, caiu no mar com 20 pessoas a bordo após decolar da plataforma P-38, na Bacia de Campos. Quatro pessoas morreram e outra estava desaparecida até a noite de quinta-feira. As 15 restantes foram resgatadas pouco depois da queda pelas próprias equipes da Petrobras. Dias antes do acidente, os sindicatos tinham recomendado o reforço das medidas de segurança, disse Divanilton.

As contas de FUP indicam que, em 2007, 16 pessoas morreram em acidentes de trabalho em instalações da Petrobras. Delas, 15 eram terceirizados.

Os sindicatos também realizarão a partir da segunda-feira uma semana de mobilizações e assembléias para que os trabalhadores decidam se aceitam ou não aderir a uma greve de 72 horas que começará no dia 7 e vai até 9 de março, o que paralisaria a produção da empresa, informou a FUP.

EFE
 
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