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 | 13/12/2007 20h40min

Fim da CPMF não deve trazer redução de preços, avalia CNC

A partir de janeiro, haverá "sobra de recursos na mão dos agentes privados"

A eliminação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) não deverá acarretar redução de preços nas mercadorias, avaliou nesta quinta-feira o chefe da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas. Segundo ele, o comportamento dos preços depende de outros fatores.

Acompanhe as idas e vindas da CPMF

Em relação aos produtos agrícolas, disse Freitas, o preço depende da safra e das cotações internacionais. No setor de bens de consumo, conforme ele, a tendência é que os preços não se alterem.

— Os preços estão até caindo e a tendência é ficarem estáveis porque o dólar está muito baixo. Não creio que isso (o fim da CPMF) possa afetar o preço — avaliou.

Para o economista, as alternativas para compensar a perda da CPMF passam pelo aumento de alguns tributos, como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Para a avaliação internacional de instituições financeiras, no entanto, ele avaliou que não há mudanças nos fundamentos econômicos do país.

Segundo Freitas, o fim da contribuição, a partir de janeiro, significará sobra de recursos na mão dos agentes privados, que podem investir mais e consumir mais. Para o comércio, a extinção da CPMF trará custo menor de transação.

— Para qualquer setor que hoje movimenta (recursos), o custo cairá. Até o próprio Tesouro Nacional, ao vender um título, poderá cobrar juros um pouco menores porque o comprador não pagará CPMF — avaliou.

O economista, no entanto, advertiu que o fato de o tributo não ter sido renovado trará impactos.

— O custo de transação do país diminuirá, o que é bom para a economia, mas o dinheiro vai faltar em diversas áreas — alertou.

AGÊNCIA BRASIL
 
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