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 | 17/09/2007 09h41min

Ficha do hotel possibilitou prisão de Cacciola

Informações foram confirmadas hoje pelo Ministério do Estado e pela Justiça de Mônaco

Acostumado ao luxo, o ex-banqueiro brasileiro Salvatori Cacciola foi preso no sábado na rua, em horário de grande movimento, no ponto mais badalado do Principado de Mônaco, na Europa. Sua identificação pela polícia foi possível através de um formulário preenchido no hotel em que estava hospedado, cujo nome não foi divulgado. Solicitada pela polícia, a informação foi comparada com o banco de dados de foragidos da Interpol, no qual sua prisão consta como prioritária.

As informações foram confirmadas na manhã de hoje, em Mônaco, pelo Ministério do Estado e pela Justiça do principado. A detenção do foragido número 1 da Justiça brasileira aconteceu às 11h30min de sábado, na Place du Casino, junto ao Cassino e à Avenida de Monte Carlo, pontos nobres do distrito de Monte Carlo, o mais conhecido do país.

Cacciola foi abordado na praça — o governo não informou se ele estava acompanhado ou não no momento — por oficiais da Sûreté Publique, a polícia de Mônaco, que lhe comunicaram a detenção. O ex-banqueiro não reagiu. A abordagem foi possível graças ao talonário de registro de hóspedes do hotel no qual Cacciola estava pernoitando — e não em um ponto de fronteira, como chegou a ser divulgado.

Por procedimento de checagem, os formulários são checados eventualmente pela polícia do principado. Ao identificar o empresário, porém, os agentes descobriram o pedido internacional de prisão de número 36.868/2000 — chamado Notícia Vermelha, ou Difusão Vermelha pela Interpol —, no qual o governo brasileiro solicitava a 186 países sua prisão imediata. Tão logo a identificação foi feita, a Sûreté Publique contatou a sede da Interpol, em Lyon, informando da prisão iminente.

No início da manhã, horário brasileiro — o fuso horário é de cinco horas —, um comunicado em francês foi entregue ao escritório da Interpol e à Polícia Federal, em Brasília. O ex-banqueiro é considerado foragido desde 2000, quando foi acusado pela Justiça brasileira de crimes de gestão fraudulenta, corrupção passiva e peculato durante a crise cambial do real em 1999.

Agência Estado
 
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