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 | 12/08/2002 12h08min

Imprensa iraquiana afirma que campanha de Bush contra Iraque vai mal

A imprensa oficial iraquiana disse nesta segunda-feira, 12 de agosto, que a campanha do presidente norte-americano, George W. Bush, para mudar o regime do Iraque enfrenta problemas, em razão da oposição interna e de aliados internacionais a um eventual ataque.

– O presidente Bush tem tido um problema sério nos últimos dias, disse um editorial do jornal Babel, de propriedade de Uday Hussein, filho do presidente Saddam Hussein.

Bush acusa Saddam de produzir armas de destruição em massa, e promete usar todas as ferramentas ao seu alcance (políticas e militares) para derrubá-lo. Apesar disso, Bush diz que ainda não tem planos concretos para um ataque.

Nas últimas semanas, parlamentares norte-americanos começaram a expressar dúvidas sobre os benefícios dessa operação. Na Europa, os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) vêem com reservas essa ação, enquanto os países árabes são claramente contra. Até mesmo no Reino Unido, principal aliado europeu dos EUA, há oposição.

Uma pesquisa divulgada nesta segunda mostrou que quase dois terços dos eleitores britânicos consideram injustificado um ataque ao Iraque. E, segundo a mesma pesquisa, do Daily Telegraph, essa guerra poderia levar a novos atentados contra o Ocidente, como o de 11 de setembro. Outro jornal iraquiano, o Al Jumhuriya, disse que Bush e seus assessores estão agindo histericamente.

No sábado, o vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, e o secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, aumentaram a pressão sobre Saddam ao se reunirem com líderes da oposição iraquiana no exílio, com quem discutiram a formação de um novo governo.

No que parece ser uma última tentativa de evitar o ataque, o Iraque convidou a Organização das Nações Unidas (ONU) a discutir novamente o envio de inspetores que certifiquem que Bagdá não produz armas químicas, nucleares e biológicas. Essa seria uma pré-condição para o fim das sanções econômicas ao país e também um argumento político contra o ataque. Mas os Estados Unidos e seus aliados britânicos não vêem nessa medida o fim da ameaça que eles enxergam no Iraque.

As informações são da agência Reuters.

 
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