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Tucanos e petistas catarinenses se mobilizam pelo segundo turno presidencial e, em Santa Catarina, o apoio do PP é o mais disputado nesta eleição. Segundo partido em número de filiados no Estado, com 124.884 militantes, o PP conseguiu no primeiro turno 857.698 votos catarinenses para sua candidata ao governo, Angela Amin, que estava neutra.

Nesta segunda fase da campanha, a parcela do eleitorado pepista pode fazer a diferença. E Angela é a noiva da vez.

Dentro do partido, as principais lideranças têm diferentes tendências. Algumas delas, como o deputado estadual reeleito Kennedy Nunes, já declaram seu apoio individual — no caso dele, à José Serra (PSDB). Outros aguardam a declaração oficial do partido para se pronunciarem.

Além dos posicionamentos pessoais, fatores relacionados à história da legenda em Santa Catarina podem ser determinantes. Contam a favor do tucano a antiga proximidade entre PP e PSDB (partido que participou do governo de Esperidião Amin), a amizade de Amin e de Serra (ex-companheiros de Senado), e a tendência da maior parte da bancada do partido na Assembleia Legislativa de declarar apoio ao PSDB.

Na balança, pesando para o apoio a Dilma Rousseff (PT), está o posicionamento nacional do PP, que faz parte da base do governo Lula e a aproximação de Angela Amin e Ideli Salvatti (PT) nesta eleição, em negociações para formar uma coligação que fosse capaz de enfrentar a tríplice aliança. Caso houvesse segundo turno em Santa Catarina, o mais provável seria que as duas candidatas se unissem.

Uma posição confortável para o PP seria a declaração de neutralidade e liberação dos filiados e eleitores da legenda para que façam sua opção pessoal. A executiva do PP e os candidatos do partido nesta eleição se reúnem nesta quinta-feira, em Florianópolis, para deliberar sobre a posição da legenda nas eleições presidenciais.

O encontro foi convocado pelo presidente pepista e deputado estadual reeleito, Joares Ponticelli, que preferiu não manifestar nenhuma opinião antes de falar com os companheiros.