Mostrar força e unidade. Com este objetivo que a coligação que apoia Raimundo Colombo (DEM) ao governo do Estado reuniu prefeitos, lideranças e candidatos dos nove partidos, nesta segunda-feira à tarde, no CentroSul, em Florianópolis. A data do evento, na véspera do início do horário eleitoral, foi escolhida para mobilizar a militância.

No entanto, 40 dias depois do início oficial da campanha, os líderes do PMDB e PSDB ainda precisam justificar a coligação e curam as feridas surgidas nas convenções dos dois partidos.

O evento foi dividido em dois momentos, no primeiro cada sigla fez uma reunião própria e depois todos se uniram no salão principal. No encontro reservado do PSDB, o presidente de honra da sigla e candidato a suplente de Luiz Henrique da Silveira, Dalírio Beber, lembrou a participação dos tucanos nos dois governos do PMDB e afirmou que o momento é de "olhar para frente".

Entre os peemedebistas, o discurso mais contundentes foi o do prefeito Dário Berger. Ele destacou que não é fácil para um peemedebista aceitar não estar na cabeça de chapa, mas lembrou que esta pode ser uma boa experiência para o partido.

— Muitos diziam que no nosso governo o DEM ocupava um espaço de destaque. Quem sabe nós não podemos passar a ocupar espaços importantes no governo de Colombo — afirmou.

No evento, foram notadas as ausências do governador Leonel Pavan (PSDB), que cumpriu agenda na Serra catarinense, dos prefeitos de Criciúma, Clesio Salvaro (PSDB); de Balneário Camboriú, Edson Piriquito (PMDB); e de Blumenau, João Paulo Kleinübing (DEM).

Agradecimentos ao PMDB

No encontro ampliado, foi vez dos discursos emocionados. Paulo Bauer (PSDB) e Eduardo Pinho Moreira (PMDB) afirmaram que não se pode mais perder tempo com explicações sobre a coligação, que agora é a hora de iniciar a campanha e a hora de cada militante ir para a rua pedir voto aos eleitores.

— A partir de hoje (segunda-feira) o PMDB assume a mobilização da campanha de Colombo — anunciou Pinho Moreira.

Colombo se emocionou ao falar da participação do PMDB em sua carreira política. Destacou o gesto de Paulo Afonso Vieira (PMDB), que o nomeou presidente da Casan em seu governo, e da parceria com Luiz Henrique da Silveira. Comprometeu-se em dar continuidade à descentralização e aos projetos do atual governo.

— Vamos dizer apenas a verdade. O que somos, o que fizemos e o que queremos fazer pelo povo do Estado — disse.

O ex-governador Luiz Henrique se emocionou a falar do apoio recebido do PSDB e do DEM, e ao afirmar que foi traído pelo PT no seu primeiro mandato.

— Não importa que o PMDB nacional vá com Renan, com Sarney e com Jader Barbalho. Vou com meus companheiros do PMDB de Santa Catarina, com José Serra, com o Democratas e com os que me foram leais. Agora vou com aqueles que nos crucificaram? Não. Vou com os que demostraram lealdade — destacou.