O PMDB catarinense já começou a preparar a defesa contra o processo de intervenção iniciado pelo diretório nacional do partido. O presidente estadual, Eduardo Pinho Moreira, tem até a próxima sexta-feira para esclarecer o episódio da retirada de sua candidatura ao governo e declaração de apoio ao DEM.

Na terça-feira, Pinho Moreira e Luiz Henrique da Silveira desembarcam em Brasília para conversar com o presidente nacional do partido, Michel Temer. Segundo o presidente estadual, a ideia é participar da reunião da executiva nacional, até para pedir informações sobre os motivos que levariam à intervenção.

Pinho Moreira afirma que até esta sexta-feira ainda não havia recebido a cópia do processo e nem da ata da reunião em que se discutiu o assunto.

— Me mandaram (na quinta-feira) um ofício notificando a retomada do processo de intervenção e informando que os documentos estava à disposição no diretório. O senador Neuto De Conto foi ate lá e não havia nada. Hoje (sexta-feira) credenciei dois assessores para buscarem os documentos e, novamente, não tinha processo — conta.

Depois de passar a manhã reunido com advogados, Pinho Moreira se diz convencido de que o processo anunciado pela executiva nacional "não tem valor jurídico".

Em nota oficial, divulgada no final da tarde de sexta-feira, o presidente estadual do PMDB confirma que esteve com Michel Temer em várias oportunidades, que se encontrou com o presidente estadual do PT, José Eduardo Dutra, e com a candidata Dilma Rousseff (PT). Mas destaca que não recebeu uma resposta conclusa nos encontros.

— Não é verdadeira a afirmação de que assumi compromisso eleitoral de apoio à candidata do PT à presidência da República. Desafio a apresentação de qualquer declaração pública atribuída a mim, sobre o alegado acordo — conclui na nota.