A pré-candidata Ideli Salvatti (PT) quer deixar claro que não abrirá mão da disputa pelo governo de Santa Catarina. A desistência de Eduardo Pinho Moreira (PMDB) em favor da candidatura de Raimundo Colombo (DEM) trouxe novamente à tona a discussão de uma possível aliança do PT com o PP ainda no primeiro turno. Mas Ideli, antecipando-se às especulações, mandou o recado em seu Twitter:

— Aos que acham que eu faria o que outra pré-candidatura fez, esqueçam. Se quiserem comparar, sou madeira de lei.

O partido também está confiante. O presidente estadual do PT, José Fritsch, afirma que não há qualquer possibilidade de Ideli desistir da candidatura.

Fritsch acredita que, como a tríplice aliança ainda não foi fechada e deve se complicar se acontecer o processo de interdição do PMDB nacional, há chance de Ideli receber apoio oficial do PMDB catarinense.

— Vou trabalhar para duas campanhas: Ideli e Dilma. Temos a vaga de vice e uma vaga de senador que ainda não foram preenchidas. Se o PMDB quiser compor conosco em Santa Catarina, as portas estão abertas — enfatizou Fritsch.

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Intervenção

Sobre a possibilidade de intervenção, o presidente do PT catarinense afirmou que, quando esteve em Brasília, na segunda-feira, sentiu uma forte reação do presidente nacional do PMDB, Michel Temer, à desistência de Pinho Moreira. Para Fritsch, a forte cobrança dos peemedebistas de Brasília é para que o diretório catarinense apoie Dilma Rousseff (PT) na eleição para a presidência, não necessariamente que se unam a Ideli.

Os partidos da coligação do PT no Estado também votam na manutenção da candidatura da senadora. Na opinião do presidente estadual do PR, Nelson Goetten de Lima, uma desistência da petista nesse momento só provocaria nas bases do partido a mesma revolta provocada no PMDB por causa da atitude de Pinho Moreira.

— Nós temos um compromisso de apresentar nosso projeto para os catarinenses no primeiro turno. Se a senadora Ideli não chegar ao segundo turno, vamos ter a satisfação de ajudar a Angela Amin — disse Goetten.

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