| 09/04/2010 07h47min
Nem mesmo o pênalti defendido contra o Novo Hamburgo, e a vaga à semifinal da Taça Fábio Koff, fizeram Abbondanzieri sorrir ontem. Apesar de ter sido isentado de responsabilidade nos três gols pelos demais jogadores e pelo preparador Clemer, o goleiro argentino lamentava aquela que considerou a sua pior atuação em 45 dias de Inter.
— Ele não pode ser apontado como culpado quando o time muda a toda hora por força de calendário. Talvez tenha errado na reposição de bola (que gerou a falta do primeiro gol do Novo Hamburgo) e ao soltar uma ou outra bola.
Ao defender Abbondanzieri, Clemer lembrou que o goleiro ainda está em fase de adaptação ao futebol brasileiro. Os treinos são os mesmos aplicados a Lauro, Muriel e Agenor, conforme a escola brasileira. Segundo o preparador de goleiros do Inter, os argentinos, uruguaios, paraguaios e colombianos não têm os mesmos fundamentos que os goleiros do Brasil. Defendem em “dois tempos”, soltando a bola, amortecendo-a, para depois
agarrá-la novamente,
enquanto que os brasileiros tentam encaixá-la, mesmo em uma pancada. Clemer lembrou Goycochea, o goleiro argentino do Inter nos anos 90, e que também espalmava em vez de defender com firmeza.
— Abbondanzieri está em fase de transição, já vem encaixando mais as bolas nos treinos, em vez de soltá-las. Mas não posso mudar a característica de um goleiro de 37 anos — argumentou Clemer.
O goleiro campeão do mundo com o Inter afirmou ainda que Abbondanzieri segue com total confiança da comissão técnica. Recordou o episódio em Quito, quando o goleiro fez o árbitro rever a marcação do pênalti contra o Inter, além do pênalti que defendeu na cobrança de Kempes:
— Ele cresce na hora da decisão, tem estrela de campeão, como ocorreu em Novo Hamburgo.
Repórteres argentinos dizem que Pato vem mal há algum tempo
Ainda que o Inter tenha saído em defesa de Abbondanzieri, na Argentina, o goleiro estava
sendo criticado.
— Pato vinha jogando mal e cometendo erros até
em cobranças de faltas. Por isso perdeu a vaga no time — afirmou o repórter Juan Pablo Méndez, do Olé.
— Ele não estava bem, demonstrando insegurança, bem como no ano passado, quando reagiu tarde em alguns gols sofridos pelo Boca — corroborou o repórter Sebastián Torok, do jornal La Nación.
A partir de agora, quando o Inter terá decisões todas as semanas, no Gauchão e na Libertadores, os torcedores colorados esperam que o goleiro argentino mantenha a estrela de campeão.
Apesar de ter garantido a classificação nos pênaltis, Pato diz que foi sua pior atuação no Inter
Foto:
Daniel Marenco
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