| 25/03/2010 23h31min
A desembargadora do Salete Sommariva cancelou nesta quinta-feira, às 17h20min, a sessão extraordinária do Tribunal de Justiça (TJ) marcada para o dia 31, para analisar se seria aceita a denúncia contra Leonel Pavan por suposto favorecimento à empresa Arrows Petróleo do Brasil.
Agora, como governador de Santa Catarina, Pavan só pode ser julgado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. Antes disso, cabe à desembargadora determinar a incompetência do TJ para julgá-lo.
Embora seja uma questão formal, ela deve levar essa decisão para ser ratificada na reunião do dia 7 de abril. No STJ, terá que ser designado um relator e o processo será encaminhado para o Ministério Público Federal.
Não há previsão de prazo para tramitação. No meio político a expectativa é de que o STJ se manifeste sobre o caso em até 60 dias.
Nem o TJ, nem o Ministério Público Estadual (MPE) enviaram representantes para a posse de Pavan como
governador. Segundo a Assembleia Legislativa, não houve
tempo para mandar os convites, já que a confirmação da data da renúncia foi na véspera.
O governo estadual temia que a posse de Pavan a menos de uma semana da sessão do TJ fosse encarada como uma afronta ao Judiciário. O clima nesta quinta-feira foi diferente.
Para muitos, a situação evitou o desconforto que seria causado por possíveis pedidos de vista de desembargadores. Nesse caso, a análise pararia e Pavan acabaria assumindo o governo sem a denúncia ser avaliada do mesmo jeito.
A posse e o cancelamento da sessão já eram esperados pelo MPE. Em entrevista ao colunista Roberto Azevedo, no início da semana, o procurador-geral de Justiça, Gercino Gomes Neto, avaliou que a intenção da defesa de Pavan sempre foi de "jogar para frente" a análise da denúncia feita pelo MPE com base na Operação Transparência.
O advogado de Pavan, Cláudio Gastão da Rosa Filho, nega qualquer manobra protelatória. Além disso, acredita que de qualquer
forma não aconteceria a sessão do dia 31 porque pelo
menos dois dos sete acusados, Eugênio Silva, que mora em Curitiba (PR), e Vanderléia Batista, que mora em Camboriú, até esta quinta-feira não haviam sido notificados.
Entenda o caso:
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