| 17/03/2010 22h44min
O medo de levar goleada na noite desta quarta-feira, dia 17, deu lugar a uma atuação vibrante da Chapecoense, que venceu o Atlético-MG por 1 a 0 pela segunda fase da Copa do Brasil, no Índio Condá. O resultado não só garantiu o jogo de volta, no dia 1º de abril, no Mineirão, como também a vantagem de jogar pelo empate. Se fizer um gol fora a Chapecoense pode até perder por um gol de diferença (2 a 1, 3 a 2 ou 4 a 3).
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SC
O ambiente foi montado para o surgimento de
uma nova Chapecoense em 2010, diferente da que luta contra o rebaixamento no Catarinense. Havia o reforço da nova arquibancada do estádio Índio Condá, com espaço para mais 2,5 mil torcedores. Discursos inflamados mexiam com os brios dos jogadores. Até o governador Luiz Henrique da Silveira foi dar uma força.
Os fogos de artifício davam um clima de festa e de otimismo. A torcida, que na véspera do jogo assinou um tratado de paz com os jogadores, apoiava cada jogada, escanteio e bola afastada pela defesa.
No banco, Guilherme Macuglia fazia sua estreia. A vibração que vinha da arquibancada contagiou os jogadores, que voltaram a mostrar um futebol similar ao de 2009. Waldison infernizava a zaga do Atlético. Primeiro ele tentou o passe para Cazarine, que chutou para fora. Depois ele mesmo chutou. Aos 10 minutos, ele fez a jogada pela esquerda e cruzou forte para a área. A bola passou pela frente do gol e, na segunda trave, surgiu o prata da casa Sagaz, que de primeira
mandou a bola para a
rede.
Foi a explosão da torcida. O Índio Condá voltava a ferver. A Chapecoense teve outra boa chance com William Paulista, de falta. Mas o goleiro atleticano aranha fez boa defesa.
No final da primeira etapa o Atlético começou a pressionar. Ricardo defendeu duas faltas cobradas por Coelho. Obina entrou na área e ficou livre, mas Ricardo saiu e fez a defesa. A torcida gritava o nome do goleiro da Chapecoense.
Muriqui entrou em velocidade dentro da área e chutou cruzado, mas para fora. No segundo tempo, enquanto Wanderley Luxemburgo armava um time mais ofensivo, Guilherme Macuglia procurava fechar os espaços.
Agora a Chapecoense volta o foco para o Estadual, onde no domingo faz uma espécie de final contra o Brusque, fora de casa. Se jogar como hoje, a Chapecoense escapa da Segundona.
Ficha
técnica
CHAPECOENSE (1)
Ricardo; Anelka (Rafael Morisco), Filipe, Silvio Bido, Sagaz, William Paulista, Luís André, Luciano Ratinho,
Badé (Steve), Waldison, Bruno Cazarine
Técnico: Guilherme Macuglia
ATLÉTICO-MG (0)
Aranha; Coelho, Cáceres, Jairo Campos, Júnior (Leandro), Zé Luís, Evandro (Giovani), Fabiano, Renan, Obina, Muriqui (Marques)
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Gol: Sagaz (C), aos 10 minutos do 1º tempo
Amarelos: Ricardo e Luciano Ratinho (C); Fabiano (A)
Arbitragem: Leandro Vuaden, auxiliado por Paulo Ricardo Silva Conceição e José Javel Silveira (trio do RS)
Local: Estádio Índio Condá, em Chapecó
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