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 | 10/12/2009 10h48min

Sete pessoas são indiciadas em inquérito sobre corrupção envolvendo servidores do governo de SC

Como o processo corre em segredo de justiça, nenhum nome foi divulgado

Sete pessoas foram indiciadas no inquérito policial que investigou supostos crimes de corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional e advocacia administrativa envolvendo empresas privadas, autoridades e servidores públicos do governo de Santa Catarina.

Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, o superintendente regional da Polícia Federal, Ademar Stocker, confirmou que dois empresários e cinco servidores públicos foram indiciados pelos crimes de corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional e advocacia administrativa. Como o processo corre em segredo de justiça, nenhum nome foi divulgado.

Batizada de Operação Transparência, a investigação foi autorizada pelo Tribunal de Justiça e conduzida em conjunto pelo Ministério Público Estadual, Receita Federal e o Fisco, e tratou de sonegação e fraude na venda de combustíveis.

Segundo Stocker, a empresa investigada, que seria a Arrows Petróleo do Brasil Ltda, teria efetuado o pagamento de R$ 100 mil para reabilitar sua inscrição estadual cancelada pela Secretaria da Fazenda. De acordo com Stocker, não houve prejuízo concreto ao erário.

A relatora do processo, desembargadora Salete Sommariva, irá encaminhar o processo ao procurador Gercino Gomes Neto, do Ministério Público de Santa Catarina que decidirá se irá oferecer denúncia.

Indiciamento de Leonel Pavan não foi confirmado

A investigação chamou a atenção do meio político porque, há uma semana, o vice-governador Leonel Pavan (PSDB) compareceu à Superintendência da Polícia Federal, na Capital, para depor sobre sua ligação com a empresa investigada. Stocker não confirmou a inclusão de Pavan no inquérito.

Nesta semana, o vice-governador divulgou uma nota de esclarecimento dizendo que teria sido procurado por uma empresa do setor de combustíveis para intermediar, na Secretaria da Fazenda, a reabilitação do registro.

De acordo com a nota, ao pedir averiguações na Fazenda o vice-governador soube que a empresa tem débitos tributários. A empresa, que não teve o nome divulgado, não voltou a atuar em Santa Catarina.

DIÁRIO CATARINENSE
 

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