O grupo preso na manhã desta terça-feira por suspeitas de participar da morte do coronel aposentado do Exército Julio Miguel Molinas Dias era alvo de outra investigação em Porto Alegre. A 9ª Delegacia de Polícia (DP) apurava informações sobre a participação de policiais militares em assaltos a estabelecimentos na Zona Norte.

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Entre os detidos nesta manhã estão dois soldados da 3ª Companhia do 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM) — responsável pelo patrulhamento no bairro Chácara das Pedras —, a namorada de um deles e o cunhado do outro.

A hipótese mais provável para a morte do ex-chefe do Destacamento de Operações e Informações — Centro de de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) é de que a quadrilha estaria atrás de cerca de 20 armas do arsenal particular de Molinas Dias.



— Trabalhávamos com três hipóteses, sendo que a mais provável era de crime contra o patrimônio. A partir daí, foram feitos levantamentos de grupos que realizavam crimes nesta região. Então descobrimos que já havia uma investigação em andamento que apontava a participação de policiais militares na 9ª DP — afirmou em entrevista à Rádio Gaúcha o delegado Luís Fernando Martins de Oliveira, titular da 20ª DP e responsável pelo caso.

Roupas e toucas ninja semelhantes às registradas nas câmeras de segurança de uma farmácia atacada anteriormente foram encontradas nas casas dos dois PMs, uma localizada no bairro Campo Novo e outra no Jardim Carvalho. Oficiais da Corregedoria da BM acompanharam a Operação Mosaico.

O titular da 9ª DP, delegado Alexandre Vieira, repassou informações a Oliveira de que os PMs poderiam ser os responsáveis pelo assassinato de Molinas Dias. Ainda na manhã desta terça, Vieira fez buscas no 11º BPM e no quartel da 3ª Cia., acompanhado da Corregedoria da Brigada Militar.