Geral | 27/11/2012 22h01min
Quatro documentos foram entregues às comissões Nacional e Estadual da verdade na tarde desta terça-feira. Eles faziam parte do acervo do coronel da reserva Julio Miguel Molinas Dias, assassinado em 1º de novembro na Capital (veja explicação do caso ao fim da página).
O mais impactante é o registro oficial da prisão (reproduzido abaixo) do ex-deputado Rubens Paiva, no Destacamento de Operações e Informações — Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), no Rio de Janeiro, em 1971. Uma cópia do registro foi passada pelo governador Tarso Genro à filha do ex-deputado Maria Beatriz Paiva Keller, 52 anos, na cerimônia.
Agora, ZH torna públicos em primeira mão outros três documentos que lançam luz sobre o mistério que envolve a suposta presença do político no DOI-Codi e também sobre as explosões no Riocentro, dois dos episódios mais emblemáticos da ditadura militar (1964-1985).
Os arquivos do coronel
Galeria: veja os documentos encontrados na casa do coronel
Rubens Paiva entra no DOI-Codi
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O ofício amarelado, datilografado, descreve a entrada de Rubens Beyrodt Paiva no DOI-Codi do Rio. Ele foi transferido de um quartel da Aeronáutica, onde estava preso desde 20 de janeiro de 1971. O documento mostra o que foi apreendido no DOI-Codi pertencente ao ex-deputado. É a comprovação oficial de que Paiva entrou no quartel.
Documento apreendido no carro de ex-deputado
Um manuscrito em folha de caderno revela que um capitão do Exército pegou todos os documentos do carro, um Opel, de Rubens Paiva em 4 de fevereiro de 1971. No mesmo dia, o veículo seria devolvido à família. Para a Comissão Nacional da Verdade é um indício de Paiva já estava morto. As investigações sobre as circunstâncias da provável morte será concentrada neste período.
Missão Nº 115, a farsa no Riocentro
A ordem de missão Nº 115 tinha caráter urgente. A equipe composta por Ribeiro e Jorge estava designados para a Operação Centro, às 21 de 30 de abril de 1981. Os agentes do DOI-Codi , fariam a "cobertura do evento", no Riocentro, a partir das 21h.
Comandante informado do atentado
O coronel Molinas Dias registra em um formulário com timbre confidencial a placa do Puma OT-0297 e narra, de próprio punho, como recebeu a notícia da explosão, durante o intervalo do jogo Grêmio e São Paulo (primeira partida da final do Brasileirão de 1981, vencida pelo time gaúcho por 2 a 1). Relata: "um acidente com explosivo com uma vítima. Deu nome quente do Dr. MARCOS - codinome do capitão Wilson Luiz Machado Chaves Machado, ferido na explosão dentro do carro".
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Um dos documentos é o registro oficial da prisão de Rubens Paiva no DOI-Codi
Foto:
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Zero Hora
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