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 | 07/10/2011 07h10min

Eliminatórias Sul-Americanas: Vizinhos começam a disputar vagas para o Mundial de 2014

Continente pode até ter seis representantes na próxima Copa do Mundo, no Brasil

Classificado automaticamente como país-sede da Copa do Mundo, o Brasil observará do sofá de casa a luta dos vizinhos por uma vaga em 2014. Começa hoje, às 16h, as Eliminatórias Sul-Americanas para o próximo Mundial.

A possibilidade de disputar a competição de futebol mais importante do mundo na América do Sul, com facilitada migração dos reais torcedores às arquibancadas brasileiras, apimenta a disputa das nove seleções pelas 4,5 vagas. Se o quinto colocado passar pela repescagem, o Mundial do Brasil terá seis países sul-americanos representados, algo inédito.

> GRÁFICO: clique na imagem abaixo e confira números:


Celeste Favorita

Nossos vizinhos uruguaios podem ficar tranquilos. Para o Mundial do Brasil o Uruguai não precisará da repescagem para garantir vaga, como nas últimas duas vezes em que se classificou. Nenhuma seleção chega mais preparada às Eliminatórias Sul-Americanas do que a turma de Oscar Tabárez. Enquanto a Argentina começa a se remontar com Alejandro Sabella, os uruguaios têm na quarta posição na última Copa e no título da Copa América, em julho, o resultado do trabalho mais longo entre os postulantes a uma vaga em 2014.


Foto: Daniel Garcia, AFP

Tabárez começou a montar a base que ressuscitou o orgulho dos uruguaios por seu futebol em 2006, e atualmente tem em mãos uma equipe com jogadores de referência, um estilo de jogo consolidado e experiente. Experiência que não se traduz na média de idade do time, dos principais jogadores, apenas o craque Forlán, 32 anos, e o volante Diego Perez, 31, serão veteranos no Mundial brasileiro.

Vinotinto
Única seleção sul-americana que nunca disputou uma Copa do Mundo, a Venezuela, talvez pela primeira vez, começa as Eliminatórias realmente candidata a classificação. E não é só porque há uma "vaga extra" por o Brasil ser o país-sede. O futebol venezuelano evolui a cada ano. Ficou na lanterna (com três pontos!) nas Eliminatórias para a Copa de 1998, em nono para 2002 (16 pontos) e 2006 (18 pontos), e a dois pontos do Uruguai (quinto) no classificatório para a África.


Foto: Roberto Candiam, AP

O técnico César Farías, 38 anos, tem status de Rinus Michels depois que classificou a seleção sub-20 às oitavas de final do Mundial de 2009 e a principal as semifinais da Copa América.

Gremistas no comando
Argentina e Paraguai terão na casamata dois ex-jogadores do Grêmio como técnico. Se o argentino Alejandro Sabella, apesar de ter sido bom jogador, teve passagem apagada pelo Olímpico entre 1985 e 1986, em fim de carreira, Arce marcou época na década de 90.


Foto: Norberto Duarte, AFP


O lateral-direito dos bicampeonatos da Libertadores e do Brasileirão terá a difícil missão de substituir o argentino Gerardo Martino, responsável por levar a seleção paraguaia à melhor campanha em Copas (quartas de final), na África, e ao vice-campeonato da Copa América.

A pressão sobre Sabella, substituto de Sergio Batista após o fracasso argentino na Copa América, não é menor. A torcida exige uma equipe entrosada ao redor de Messi.

Treinadores
Assim como a Argentina e o Paraguai, a Colômbia trocou de técnico após a Copa América. Saiu Hernán Darío Gómez, e entrou Leonel Álvarez, meia colombiano nas Copas de 90 e 94.

Nas outras seleções os treinadores permaneceram: Gustavo Quinteros, Bolívia; Claudio Borghi, Chile; Reinaldo Rueda, Equador; Sergio Markarian, Peru; Oscar Tabárez, Uruguai; e César Farías, Venezuela.

CURIOSIDADES

Origem
A partir da segunda Copa do Mundo, na Itália, em 1934, a Fifa teve de criar um sistema eliminatório pré-Mundial. Na ocasião, 32 países se inscreveram para a competição, então com apenas 16 vagas. Apesar de campeão em 1930, o Uruguai, ressentido pela ausência das potências europeias no torneio que sediou, desistiu de defender o título. Estavam programados dois mata-matas para decidir os dois países sul-americanos classificados, mas o Peru desistiu de disputar vaga como o Brasil e o Chile, com a Argentina.

Primeiro jogo
Apesar de ser disputada desde 1934, por desistências anteriores o primeiro jogo da Eliminatória Sul-Americana só aconteceu em 1954, para a Copa do mesmo ano, na Suíça: no dia 14 de fevereiro, o Paraguai goleou o Chile por 4 a 0.

Regulamento
As Eliminatórias Sul-Americanas já tiveram 14 regulamentos diferentes para decidir os classificados às Copas. Desde o Mundial da França, em 1998 (primeiro com 32 times), no entanto, o formato de pontos corridos em turno e returno com os quatro primeiros classificados diretamente persiste. A única alteração, a partir de 2002, foi a origem do adversário do quinto colocado na repescagem: em 2002 e 2006, Oceania; 2010, Concacaf; e 2014, Ásia.

Guiana e Suriname
Apesar de estarem situados na América do Sul, os dois países não disputam as Eliminatórias Sul-Americanas porque estão filiados a Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf). As federações entraram em acordo com a Fifa, que imaginava ser mais produtivo para esses países enfrentar seleções da parte de cima da linha do equador. A Guiana Francesa também está vinculada a Concacaf, mas não disputa as Eliminatórias por ser um território ultramarino da França. Ex-colônia holandesa, o Suriname é o país-natal de alguns craques da laranja mecânica como Seedorf, do Milan, e Davids, hoje aposentado.

 

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