O ex-atacante e agora deputado federal Romário reclamou da postura de Ricardo Teixeira, presidente da CBF e do Comitê Organizador da Copa de 2014, às vesperas da convocação da Seleção Brasileira para a Copa de 2002. Segundo o ex-jogador, Teixeira teria garantido a presença dele na lista de jogadores chamados por Luiz Felipe Scolari para a competição que resultou no pentacampeonato do Brasil.

— Ele apertou minha mão e disse que eu iria à Copa. Falei a ele que o treinador era o Felipão e ele respondeu "mas quem manda sou eu". Apenas o cumprimentei e disse: "vou acreditar na sua palavra, acabou". Isso um dia antes. No dia da convocação final ele disse para o Felipão ficar à vontade e fazer o que quisesse — disse.

Romário ainda comentou os gastos excessivos com os preparativos para o Mundial de 2014. O deputado garantiu que muitos dos estádios que estão sendo construídos e/ou reformados para o Mundial podem não ter utilidade em um futuro próximo e cobra explicações.

— Já passou da hora de ele dar um pouco de explicações. Não só em CPIs, mas para todo o povo brasileiro. O que me agride é o gasto do dinheiro público dos estádios, alguns vão passar de 2 bilhões. Alguns desses terão apenas três jogos da Copa do Mundo e virarão o famoso "elefante branco". O gasto é uma brincadeira, e ninguém faz nada. A conta que foi feita há dois anos pelos nossos grandes representantes era de R$ 52 bilhões. Agora ela já passa, ainda mais com o trem-bala, dos R$ 60 bilhões — explicou Romário, que ainda fez uma previsão:

— Vamos gastar tudo isso e quem vai ao estádio não é o verdadeiro apaixonado pelo futebol — disse.