O que era tratado apenas internamente no Figueirense não é mais segredo: o clube quer brigar por uma vaga na Libertadores da América de 2012. O presidente Nestor Lodetti confirmou, ontem, que a meta é garantir a permanência na Série A nas próximas rodadas para que as últimas sejam dedicadas ao novo objetivo.

A campanha do time no Campeonato Brasileiro e a proximidade do G-5 (cinco pontos o separam do quinto colocado) fazem o Furacão acreditar que pode almejar mais do que continuar na elite até o dia 4 de dezembro.

— A gente sempre pensa mais alto. Primeiro porque temos metas e, segundo, porque estamos acompanhando o desempenho do time. A Libertadores está distante, mas é possível – afirmou o presidente.

Até ontem, o assunto era tratado com cautela nas entrevistas. O técnico Jorginho sempre evitou a questão publicamente e avisou que seria assim até o dia em que não houvesse mais chances matemáticas de rebaixamento. Quando esse dia chegasse, aí sim falaria em novas metas.

O volante Túlio foi o primeiro a falar claramente sobre o assunto.

Recuperado de lesão, o jogador atendeu aos repórteres e não quis saber de segredos:

— Chega o momento em que temos que expor nosso pensamento e mostrar que tem jogadores ambiciosos quanto a resultados. Não é só meu pensamento, mas do grupo conquistar algo maior – explicou, após revelar que o clube determinou premiações para cada objetivo alcançado.

Assim como o presidente do Figueirense, o jogador usa a matemática para explicar as pretensões e considera o jogo de domingo, contra o Coritiba, fundamental para o “Projeto Libertadores”.

— Se ganharmos três, dos 12 jogos, garantimos o time na Série A do próximo ano. Estamos na mesma faixa da tabela que o Coritiba e temos a possibilidade de encostar na zona da Libertadores. Chegar nas últimas rodadas brigando por esta vaga é privilégio para poucos e o Figueirense tem condições – considerou.

Lodetti fez até um planejamento.

— Vamos buscar a primeira etapa (permanência na elite) em três ou quatro jogos, a segunda (Sul-Americana) em mais dois e a terceira na reta final, com menos cobrança e certamente mais apoio – afirmou.