Na véspera do clássico com o São Paulo, o técnico Tite concedeu uma entrevista coletiva fora dos parâmetros normais no CT Dr. Joaquim Grava. Por cerca de 40 minutos e com o semblante fechado, o treinador do Corinthians respondeu a perguntas sobre o momento da equipe no Brasileiro - é terceira colocada -, e, principalmente, sobre o seu trabalho, que foi questionado pela torcida nesta terça e nos últimos dias.

— Já vi falarem que Telê Santana era pé frio. Por que o Tite não pode ser questionado? Se o campeão do mundo é questionado, por que o Tite não? Quero aumentar minha competência e ser digno da minha conduta — afirmou Tite em alusão ao treinador, falecido em 2006, que foi bicampeão do mundo pelo São Paulo, além de ter comandado a Seleção Brasileira nas Copas de 1982 e 1986.

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No último domingo, o treinador se recusou a ter uma conversa com membros de organizadas que pediam a saída do treinador após a derrota por 3 a 1 para o Santos, que fez o Timão cair da liderança para a terceira posição do Nacional. Nesta terça, Julio Cesar, Chicão, Ralf, Alessandro e Liedson receberam membros de uma facção no hotel em que a delegação está concentrada. Segundo Tite, ele não foi convidado e, por isso, não participou do encontro.

— Teve conversa dentro dos parâmetros normais, sem nenhuma ameaça. Volto a dizer, com os limites que tem de ter. Teve trabalho normal? Teve. Teve insatisfação? Claro. Queremos estar na liderança.

Diante do momento turbulento que o Corinthians atravessa na temporada - perdeu cinco e venceu dois dos últimos sete jogos -, o comandante não escondeu a preocupação com a segurança da sua família.

— Penso mais em relação à família, que é uma coisa sagrada. Vamos fazer tudo no limite do esporte. Esse preço eu não pago mesmo. Pressão por ter de vencer, tudo bem, mas vamos ter o limite normal da coisa.