Os pontos que o Grêmio deixou pelo caminho precisam ser recuperados em jogos como o das 18h deste domingo, contra o São Paulo, no Olímpico. Um jogo duro, complicado, de muita marcação, atenção e sem contar o fato de que o São Paulo, mesmo fora, costuma jogar também para vencer. Mas a estrada do Grêmio rumo a uma posição melhor que o atual 13º lugar (com 27 pontos) é mais sinuosa do que parece: não bastasse o São Paulo, o Tricolor tem Vasco e Botafogo pela frente, em seguida.

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São Paulo e Vasco dividem a segunda colocação no Campeonato Brasileiro com 41 pontos, dois a menos que o líder Corinthians. E o Botafogo aparece em terceiro, com 40. Desses três jogos, dois são em casa. E pontuar significa bem mais do que afastar-se da já distante zona de rebaixamento. Conceitua, além de uma maior tranquilidade para treinar e jogar, o surgimento de uma ambição maior no Brasileirão.

Se vencer o São Paulo neste domingo, por exemplo, pode terminar a rodada em nono — caso Cruzeiro, Atlético-GO, Coritiba e Figueirense não vençam.

Devido a esses três confrontos complicados que o Grêmio tem pela frente, o clicEsportes traça um perfil dos adversários e avalia o grau de dificuldade de cada jogo. Como são partidas entre grandes clubes, os resultados são imprevisíveis, mas pelo futebol que apresentam no momento, essa é a tendência:

São Paulo - 23ª rodada - domingo (11/09), 18h, Olímpico
Vice-líder da competição, o São Paulo ainda não baixou da quinta posição em 2011. Apenas na primeira rodada terminou em quarto. Portanto, manteve-se sempre entre os três primeiros. Além disso, é o melhor visitante do campeonato: dos 41 pontos que ganhou, 23 foram conquistados fora de casa — sete vitórias.

Mescla a experiência de Rogério Ceni, Dagoberto, Juan e Carlinhos Paraíba com a juventude de Casemiro, Lucas e Cícero. Se a zaga tem lá suas falhas — principalmente no jogo aéreo — o meio e o ataque exploram a troca rápida de passes e os contra-ataques precisos. O São Paulo é um time que mata o jogo. Fora isso, é o maior vencedor da era dos pontos corridos: das sete edições desde 2003, venceu três. Quando ascende, costuma levantar o troféu.


Vasco - 24ª rodada - sábado (17/09), 18h, São Januário
Se tem um jogo que a derrota pode ser considerada um resultado normal, é este. Atual campeão da Copa do Brasil, o Vasco entrou no Brasileiro como coadjuvante. Isso na cabeça dos adversários e de parte da crítica esportiva. Na prática, o time está vivo e lutando pelo título da competição. No primeiro turno, complicou as coisas para o Grêmio no Olímpico, e arrancou um empate em 1 a 1.

Apesar da baixa do técnico Ricardo Gomes, que sofreu um AVC no clássico contra o Flamengo, o Vasco também mistura a experiência de Juninho Pernambucano, Felipe, Fernando Prass, Eduardo Costa, Diego Souza, Éder Luís e Elton, com a juventude de Dedé e Bernardo. É um time que troca bons passes e, desta forma, envolve o oponente. Por vezes, marca sob pressão no campo adversário. Explora contra-ataques e a bola parada — tanto diretamente para o gol como em cruzamentos pelas pontas.


Botafogo - 25ª - quinta (22/09), 20h30min, Olímpico
Teoricamente, o Botafogo é o menos complicado dos três próximos adversários do Grêmio. Mas é bom ter cuidado. Quando atua fora de casa, o Botafogo faz uma marcação intensa entre as duas intermediárias e, se não consegue sair em contra-ataques, toca a bola pacientemente, sem se afobar, à espera de uma brecha, que aparece por meio da velocidade dos meias Maicosuel e Elkeson, que tem oito gols no campeonato.

No ataque, Herrera e Loco Abreu são os titulares. Juntos, marcaram 11 dos 36 gols do time no Brasileirão — o segundo melhor ataque, atrás apenas do Flamengo, que tem 37. O trabalho defensivo chama a atenção pela recomposição de volantes que ajudam o time também na frente. Atrás, o Botafogo atua em duas linhas que formam um 4-2-3-1, com Marcelo Mattos e Renato à frente da zaga, e com meias que recompõem a marcação com pelo menos mais um atacante.


Próximos jogos:
11/09 - Grêmio x São Paulo
17/09 - Vasco x Grêmio
22/09 - Grêmio x Botafogo

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