A entrevista coletiva do atacante Rafael Coelho após a vitória do Avaí sobre o Flamengo, na última quarta-feira, foi em tom de desabafo. Criticado por não ter disputado o clássico contra o Figueirense no domingo, dia 28 (estava suspenso), o jogador alegou que a semana que passou foi difícil, mas em conversa com o técnico, decidiu levantar a cabeça e responder dentro de campo, mandando bolas para o fundo das redes adversárias.

— Foi a semana mais difícil que passei aqui no Avaí desde que eu cheguei. Todo mundo sabe da importância que tem um clássico em Santa Catarina. E eu estava chateado, pareceu que tudo que eu tinha feito dentro do Avaí não tinha valido de nada. Estava um pouco abalado, recebi muitas críticas, mas o professor veio conversar comigo e disse para eu não me abater porque jogo contra o Figueirense tem um monte. Igual ao Figueirense tem um monte, mas maior que o Figueirense tem poucos. Hoje (quarta-feira) era mais do que um clássico. Porque era o jogo que iríamos sair da zona de rebaixamento. Figueirense é apenas um time grande de Santa Catarina. Com todo respeito aos atletas que estão lá, mas essa é a realidade do futebol. A minha resposta não é ficar xingando. A minha resposta tenho que dar dentro de campo fazendo gol — contou.

Rafael Coelho entrou em campo antes da metade do segundo tempo e respondeu rápido. A torcida devolveu das arquibancadas gritando o nome do atleta após ele ter marcado o terceiro e último gol, aos 27 minutos. Gol que selou a vitória azurra na Ressacada.

— Não foi porque fiquei fora de um clássico que a torcida deixou de acreditar em mim. Muito pelo contrário. Teve um jogo que eu tinha ficado no banco contra o Vasco e fui entrar e eles não fizeram isso. Depois que o professor me chamou a torcida toda de pé gritou meu nome e essa foi a força que eu precisava para dar aquela arrancada.

Sobre o importante resultado diante da equipe rubro-negra, que fez o Leão dormir fora da zona de rebaixamento, Rafael fez questão de destacar a evolução da equipe:

— Todo mundo sabia que a gente ia enfrentar muita dificuldade contra uma equipe que está concorrendo ao título, mas é 11 contra 11 ali dentro. A gente impos a nossa vontade de sair dessa situação e a nossa qualidade também nos ajudou. Está todo mundo de parabéns, a equipe evoluiu bastante. A caminhada é muito grande ainda. Foi mais um degrau que a gente subiu. Pés no chão porque sábado temos mais uma decisão pela frente.

O atacante, que deve ser titular contra o Atlético-MG, sábado, em Minas Gerais (William está suspenso) disse que está muito identificado com o Avaí e que já pensa em estender seu contrato com o clube por mais temporadas.

— Estou feliz aqui dentro. Estou conversando com o Luiz Alberto e o presidente para renovar meu contrato. Quero ficar aqui por mais tempo. Hoje eu tenho o Avaí no coração. Depois de tudo o que eu fiz pelo Avaí não tem como esquecer. As pessoas que trabalham aqui são maravilhosas. Dá gosto de vir para cá treinar — encerrou.



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