O jeito Renato de ser veio à tona na entrevista coletiva de terça-feira. Questionado se poderia repetir, com o Atlético-PR, o desempenho do segundo turno do Grêmio no Campeonato Brasileiro de 2010, ele disparou críticas principalmente a quatro alvos: a diretoria do clube, o árbitro Heber Roberto Lopes — que o expulsou no clássico contra o Coritiba, sábado —, os críticos e o gramado da Arena da Baixada.

Renato argumentou a falta de um centroavante "matador" — referindo-se a Jonas —, contratação que ainda não ocorreu por parte da diretoria atleticana.

— Não é fácil (repetir a reação de 2010), até porque o Grêmio foi campeão do segundo turno ano passado, mas o Grêmio tinha aquele jogador de área, aquele jogador que todo time tem que ter. Isso é fundamental em qualquer equipe. Ano passado, o Grêmio tinha o Jonas, que foi o goleador do Campeonato Brasileiro. Então, no momento em que você tem um goleador, as coisas começam a ser facilitadas — disse Renato.

Sobre o gramado da Arena, que também é criticado por jogadores, foi enfático:

— Eu não entendo por que, desde que eu cheguei aqui, há praticamente dois meses, o gramado continua ruim. Eu nem treino neste gramado para não prejudicar. No último jogo (derrota para o Flamengo por 1 a 0, pela Copa Sul-Americana), a televisão fez o jogo e o Brasil todo ouviu críticas sobre o gramado. É mais um adversário que o Atlético tem enfrentado nesse campeonato — reclamou.

A respeito de Heber Roberto Lopes, Renato falou que o árbitro colocou na súmula que ele retardou o reinício da partida, ao atravessar o campo, apenas para "dar uma desculpa".

— Ele (Heber) falou isso tudo para dar uma desculpa por ter me expulsado. Eu não fiz nada, eu reclamei normalmente do pênalti que ele não marcou. Abri os braços, não o xinguei, até porque tenho o quarto árbitro de prova — criticou.

Aos críticos, referiu-se às reclamações quanto à escalação do volante Fransérgio como atacante. O meio-campista jogou de maneira improvisada em parte dos últimos quatro jogos do time.

— É muito fácil as pessoas criticarem. Já que sabem tanto, podem descer ali na beira do campo, ficar ali no meu lugar e tentar fazer melhor. Muitas vezes, as pessoas falam as coisas e não pensam naquilo que estão falando — finalizou.

As informações são do GloboEsporte.com.