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Mundo  | 23/07/2011 22h31min

Polícia da Noruega chegou 90 minutos depois do início do tiroteio

O motivo da demora, segundo informações, seria o fato de não ter tido acesso rápido a um helicóptero e também por não encontrar um bote para chegar ao local da cena do crime

A polícia da Noruega informou que chegou à ilha do massacre cerca de uma hora e meia depois do atirador abrir fogo. O motivo da demora, segundo informações, seria o fato de não ter tido acesso rápido a um helicóptero e também por não encontrar um bote para chegar ao local da cena do crime, distante centenas de metros da costa.

Os sobreviventes do tiroteio relataram como se esconderam ou fugiram nadando para escapar do atirador. Uma entrevista coletiva realizada neste sábado, a polícia detalhou pela primeira vez uma estimativa de quanto tempo durou o horror e quanto tempo aguardaram as vítimas até que chegasse a ajuda.

O tiroteio ocorreu pouco depois da explosão de uma bomba no centro de Oslo. A polícia comparou o atentado ao ocorrido em Oklahoma City.

— Ele confessou as circunstâncias do ocorrido — disse o advogado de defesa do atirador, Geir Lippestad, para a televisão pública norueguesa NRK.

Sobre os motivos, o advogado acrescentou:

— Ele disse algumas coisas a respeito, mas não quer falar sobre isso agora.

A agência de notícias norueguesa NTB informou que o suspeito escreveu um manifesto de 1,5 mil páginas no qual atacou o multiculturalismo e a imigração muçulmana. O manifesto também descreve como adquirir explosivos e inclui fotos de Breivik. A polícia se negou a comentar o conteúdo do manifesto.

Uma equipe de operações especiais foi enviada à ilha mais de 50 minutos depois que as primeiras pessoas que aproveitavam férias em um acampamento disseram que haviam escutado disparos do outro lado do lago. O trajeto de carro até o lago levou 20 minutos e, uma vez lá, a equipe levou outros 20 minutos para encontrar um bote.

Imagens gravadas de um helicóptero, que mostravam o homem armado disparando para a água, reforçaram a impressão de que a polícia foi lenta para chegar ao local do crime.

— Elegeram dirigir devido ao fato de que seu helicóptero não estava pronto — disse chefe da polícia Sveinung Sponheim.

— Houve problemas com o transporte até a ilha de Utoya. Foi difícil conseguir botes.  Mergulhadores fizeram buscas nos arredores da região — disse Sponheim, acrescentando que alguns desaparecidos podem ter morrido afogados.

O primeiro-ministro Jens Stoltenberg qualificou a tragédia como o dia mais sangrento da Noruega nos tempos de paz:

— Está além da compreensão. É um pesadelo. É um pesadelo para aqueles que foram assassinados, para suas mães e pais, familiares e amigos — disse.

AFP
 
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