Mundo | 23/07/2011 01h27min
Neste sábado, o Exército e a polícia da Noruega reforçaram a segurança em torno dos prédios e instituições potencialmente ameaçados. A decisão foi tomada um dia após o duplo atentado que deixou 87 mortos na região de Oslo.
As autoridades suspenderam a orientação para que a população permaneça fora do centro da capital norueguesa, alvo de uma violenta explosão na zona da sede do governo.
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— A zona da sede do governo permanecerá isolada até nova ordem. A polícia e o Exército vão proteger os prédios e as instituições sob potencial ameaça — informou a polícia de Oslo.
— A situação no centro de Oslo já não é caótica e a orientação para evitar a região foi suspensa — destacou a polícia.
A explosão no centro da capital deixou sete mortos e nove feridos graves. A ação mais sangrenta ocorreu na ilha de Utoeya, onde um atirador matou 80 pessoas, a maioria jovens, em uma colônia de férias do Partido Trabalhista, no poder. Segundo a imprensa local, o atirador é um homem de 32 anos, de nacionalidade norueguesa, ligado a movimentos de extrema direita.
Testemunhas do ataque na ilha de Utoeya revelaram que o homem — com traços nórdicos e que falava norueguês — disparou contra as vítimas com um fuzil automático.
Suspeito é norueguês
O ministro da Justiça, Knut Storberget, já havia informado a prisão de uma pessoa, possivelmente um cidadão norueguês, mas não deu detalhes sobre o suspeito.
— Vários de nossos jovens morreram e outros estão desaparecidos — disse Storberget sobre o tiroteio ocorrido na colônia de verão da juventude trabalhista em Utoeya.
O comissário Sveinung Sponheim afirmou que explosivos não detonados foram encontrados em Utoeya, onde o indivíduo disparou contra os jovens que estavam na colônia de férias.
Sponheim também confirmou que o suspeito, de 32 anos, tem nacionalidade norueguesa. O homem, que vestia uma roupa com insígnias da polícia, foi detido na ilha e, segundo as autoridades, estaria relacionado com os dois ataques. O indivíduo era interrogado na madrugada deste sábado pelos investigadores.
O comissário destacou que o suspeito nunca trabalhou para a polícia — ele se disfarçou de policial no momento do ataque ao acampamento.
O premier norueguês qualificou a situação de "muito grave", mas destacou que "a resposta à violência é mais democracia, mais humanidade, mas menos ingenuidade":
— Não nos destruirão. Somos uma pequena nação, mas uma nação orgulhosa. Ninguém nos reduzirá ao silêncio pelas bombas. Ninguém nos reduzirá ao silêncio pelas balas. Ninguém impedirá a Noruega de existir — completou.
Cenário de destruição em Oslo
Nas emissoras de TV norueguesas, podiam ser vistas imagens da sede do gabinete do premier e outros edifícios completamente destruídos na explosão e as ruas cheias de vidros quebrados, assim como fumaça e diversas ambulâncias.
— Há vidros quebrados por todos os lados. É o caos total. As janelas de todos os edifícios voaram — completou a jornalista da emissora pública NRK Ingunn Andersen, que inicialmente pensou que se tratava de um terremoto.
O bairro foi isolado e cães farejadores da polícia farejavam o local em busca de outros explosivos, enquanto os bombeiros verificavam os rescaldos em meio a um cenário desolador.
Até o momento, a polícia tem sido incapaz de quantificar o número exato de vítimas do tiroteio
Foto:
Svein Gustav Wilhelmsen
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AFP
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