Mundo | 23/07/2011 05h18min
Apesar de a polícia não divulgar a identidade do suspeito dos atentados que mataram pelo menos 87 pessoas na Noruega nesta sexta-feira, a imprensa do país afirma que Anders Behring Breivik, de 32 anos, é o autor do massacre. Segundo o jornal britânico Daily Mail, Breivik é um homem de extrema direita "que odeia muçulmanos". A polícia, porém, não confirma se as ideologias políticas do suspeito foram a motivação do crime.
Breivik, de nacionalidade norueguesa, foi preso. Conforme fotos suas publicadas em sites noticiosos do país, ele é loiro e tem os solhos azuis.
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Em 17 de julho, Breivik teria postado em sua conta no Twitter a frase: "Uma pessoa com uma crença é igual à força de 100 mil que têm apenas interesses".
Um oficial da polícia afirmou que o suspeito parece ter agido sozinho em ambos os ataques que, aparentemente, não parecem estar ligados com qualquer organização terrorista internacional". O funcionário pediu anonimato porque a informação não foi lançada oficialmente.
— Parece que este ataque não está relacionado com o terrorismo islâmico. Parece que foi obra de um loco — disse o policial.
A ação mais sangrenta ocorreu na ilha de Utoeya, onde o atirador matou 80 pessoas, a maioria jovens. O acampamento é organizado pela ala jovem do Partido Trabalhista, no poder.
Uma campista de 15 anos chamada Elise disse que ouviu tiros, mas como avistou um policial, pensou que era seguro.
— Eu vi muitas pessoas mortas — disse Elise.
— Primeiro, ele atacou pessoas na ilha. Então, ele começou a disparar contra as pessoas que estavam na água — relatou a jovem.
Elise contou que se escondeu atrás da rocha sobre a qual se posicionou o suspeito:
— Eu podia ouvir sua respiração a partir do topo da rocha — disse.
Cenário de destruição em Oslo
Nas emissoras de TV norueguesas, podiam ser vistas imagens da sede do gabinete do premier e outros edifícios completamente destruídos na explosão e as ruas cheias de vidros quebrados, assim como fumaça e diversas ambulâncias.
— Há vidros quebrados por todos os lados. É o caos total. As janelas de todos os edifícios voaram — completou a jornalista da emissora pública NRK Ingunn Andersen, que inicialmente pensou que se tratava de um terremoto.
O bairro foi isolado e cães farejadores da polícia farejavam o local em busca de outros explosivos, enquanto os bombeiros verificavam os rescaldos em meio a um cenário desolador.
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