Pelos treinos da semana - apenas três desde sua chegada -, Julinho Camargo indicou que o Grêmio atuaria de forma bastante diferente contra o Cruzeiro, em Sete Lagoas, na sua estreia no comando técnico. No entanto, o que se viu foram poucas mudanças. O que ficou evidente foi a maior compactação em campo, mas as falhas individuais e a desatenção continuam atrapalhando a vida do Tricolor no Brasileirão. O grupo gremista volta para Porto Alegre com a derrota de 2 a 0 na bagagem e os mesmos erros a serem corrigidos.

O que mudou
> Equipe mais próxima e compactada
> Com Gilberto Silva, Rochemback jogou adiantado

O que não mudou
> O esquema 4-4-2, com losango no meio
> Falhas individuais / desatenção
> Ataque sem efetividade e defesa vulnerável

Mesmo losango, melhor compactação

Julinho treinou a equipe no esquema 4-4-2 no domingo, na segunda e na terça, com a disposição dos jogadores modificada. Sem a posse de bola, o Grêmio formou duas linhas de quatro. Com ela, o meio-campo não formava mais um losango, e sim um quadrado. Contra o Cruzeiro, a formação foi bastante parecida com a orientada por Renato até dias atrás, com o mesmo losango.

A diferença ocorreu na compactação. O Grêmio se postou melhor em campo, com os jogadores mais próximos uns dos outros, algo pedido insistentemente por Julinho durante os treinamentos. Menos passes foram errados em comparação com as últimas partidas, e o time conseguiu segurar e tocar mais a bola.

— Já vimos uma compactação tática, mas não podemos, em falhas isoladas, perder o jogo. Temos que recuperar rapidamente — observou o vice de futebol Antônio Vicente Martins após a derrota.

De novo, os desfalques

Nem todos os jogadores estavam à disposição de Julinho Camargo. Expulso, Douglas ficou fora. Na lateral-direita, o técnico não contou com Gabriel, que não viajou a Minas Gerais por falta de documentação para a renovação. Os dois são considerados titulares absolutos. No meio-campo, apesar dos desfalques, uma mudança já era prevista: com a entrada de Gilberto Silva, ele assumiria a primeira função, com Rochemback saindo mais para o jogo. Foi o que aconteceu.

E, assim como Renato fez em muitas situações desfavoráveis, Julinho Camargo avançou a equipe quando estava perdendo. No segundo tempo, montou o Grêmio com três atacantes, num 4-3-3. Apesar disso, os gols não apareceram. Já virou rotina: os atacantes não marcam gols no Brasileirão. Apenas Júnior Viçosa (duas vezes) e Roberson  alcançaram as redes na competição.

Falhas individuais persistem

Falhas individuais de jogadores importantes, como Fábio Rochemback - errando passes e não acertando as bolas paradas -, e ataque com pouca efetividade continuam prejudicando o time.

— O trabalho que foi feito anteriormente tem muitas coisas boas, eu gosto de pegar as coisas boas que ficaram. Essa situação da desatenção é algo a ser trabalhado, mas temos que conversar sobre vários aspectos — destacou Julinho.

Na próxima rodada, o Grêmio recebe o Coritiba, em casa, no domingo. Depois, o adversário será o Figueirense, fora de casa. Mas, de um jogo para o outro, o grupo terá uma semana cheia para trabalhar.

 Próximos jogos:
10/07 - Grêmio x Coritiba
17/07 - Figueirense x Grêmio
24/07 - Grêmio x Santos

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