O Grêmio perdeu, mas não ficou muito abaixo do que o Cruzeiro apresentou nos 2 a 0 na noite desta quarta, pela oitava rodada do Brasileirão. Esta é a observação do técnico Julinho Camargo, que estreou no comando do Tricolor nesta noite. Para ele, a partida foi equilibrada e o adversário aproveitou melhor as oportunidades que teve no ataque. E, acima de tudo, avaliou que os principais problemas ocorreram nas falhas cometidas justamente em frente ao craque da equipe mineira.

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— Sabia que iríamos enfrentar uma grande equipe e teríamos que cuidar para não cometer erros. Quando se comete erros em frente a um jogador com Montillo, se paga caro demais — apontou. — Se não me engano, o Cruzeiro chutou três bolas a gol e acertou duas nos 90 minutos. A qualidade do Montillo precisa ser ressaltada. A gente acabou tomando gols no momento em que a equipe estava bem — completou.

Os dois gols do Cruzeiro foram marcados por Montillo. Um dentro da área, com um chute de primeira, e o outro de longe, após lançamento. Neste segundo, a bola ainda bateu na trave antes de entrar, sem chances para Marcelo Grohe.

O esquema utilizado por Julinho foi parecido com o de Renato, no 4-4-2, com melhor ocupação dos espaços. Mas o ataque seguiu com erros de finalização e no último passe, e a defesa sofreu com desatenção. No entanto, Julinho não fala em herança recebida do antigo treinador.

— Não gosto de falar em relação a isso, porque o trabalho que foi feito anteriormente tem muitas coisas boas, eu gosto de pegar as coisas boas que ficaram. Essa situação da desatenção é algo a ser trabalhado, mas temos que conversar sobre vários aspectos — destacou.

No segundo tempo, percebendo a movimentação bastante aberta dos atacantes do Cruzeiro, o técnico do Grêmio resolveu mudar. A equipe ficou com três atacantes - André Lima, Leandro e MIralles -, no esquema 4-3-3, que Julinho gostou de ver, apesar da falta de gols.

— Quando se inicia um trabalho tem que ter um pouco de paciência. A equipe esteve bem postada, a entrada do Pessalli e do Miralles foi para executar a entrada dos três atacantes e fazer o 4-3-3, e a moçada fez bem. As vezes a gente monta o desenho na cabeça, mas só tivemos três treinos. Até nesse sentido fica difícil de eu cobrar deles um entendimento claro do que tem que fazer em campo — observou o treinador.

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