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 | 26/06/2011 21h05min

Treinador do Avaí: "Temos que colocar as cartas na mesa"

Gallo diz que time apresenta deficiência física

Melissa Bulegon  |  melissa.bulegon@diario.com.br

A estreia do técnico Alexandre Gallo no comando do Avaí na Ressacada não foi a esperada. O time perdeu por 1 a 0 para o Fluminense e segue sem vencer no Campeonato Brasileiro. O único gol da partida foi marcado por Conca aos 35 minutos do primeiro tempo. 

— Foi muito ruim. Perder um jogo dentro de casa no Brasileiro é uma derrota que sangra bastante porque todos os jogos são decisivos. Você detecta algumas coisas importantes só que não temos muito tempo para agir porque temos jogo na quarta-feira. Temos que recuperar a equipe para tentar fazer uma partida melhor — analisa o técnico.

Dois minutos depois de ter aberto o placar, o Fluminense perdeu Rafael Moura, expulso por dar um tapa no zagueiro Gustavo Bastos. Na opinião de Gallo, o Avaí não conseguiu tirar proveito da vantagem numérica na partida por apresentar deficiência física.

— A responsabilidade é toda minha, não estou transferindo a responsabilidade para ninguém pelo resultado, mas a questão física é nítida, não posso fugir da realidade. Não posso ter pouco volume de jogo contra um time que jogou com dez homens praticamente durante 50 minutos. Em alguns momentos da competição, temos que colocar as cartas na mesa. Até porque o Avaí vive da sua torcida, é a coisa mais importante que nós temos. E o torcedor enxerga isso — ressalta.

Para o treinador, os escanteios e as faltas laterais cobrados em baixa altura no segundo tempo demonstram jogadores debilitados e que preocupa bastante pela necessidade de trabalhar este ponto sem ter tempo disponível. Na manhã desta terça-feira, dia 28, o elenco viaja para Porto Alegre, onde enfrenta o Grêmio no Estádio Olímpico na noite de quarta. 

— Isso acaba atrapalhando bastante porque temos que ter evolução física rápida e não temos tempo para isso. Tenho certeza que com a chegada do Elliot, preparador físico que veio com a gente, vai nos ajudar e vai existir uma evolução — prevê.

O treinador disse que entende as vaias dos torcedores que enfrentaram o frio para apoiar o time na Ressacada neste domingo. 

— É uma bola de neve até o dia em que a gente puder retomar a questão técnica e física dentro dos 90 minutos. Acho que isso só trabalhando. 

Leia outros pontos analisados por Alexandre Gallo depois do jogo:

Rafael Coelho mais recuado
O Rafael Coelho é o principal finalizador nosso de média distância e com o campo molhado era um dia propício para essa finalização. Então trazer o Rafael na meia seria interessante neste momento porque eles estavam fazendo marcação por zona e não individual. Entra também a questão do ímpeto do atleta. O Rafael é um jogador guerreiro, que luta muito, quer vencer. Então ele sentia a necessidade de voltar para receber porque a bola não estava chegando.

Ausência de Marquinhos Gabriel e Robinho entre os relacionados
A explicação é técnica. É só analisar o que aconteceu no último jogo. São dois bons jogadores. A minha função é analisar qual o melhor momento de cada atleta. Não gosto muito de mexer na equipe, gosto de manter um sistema só, mas estamos buscando ainda criar uma identidade que a gente ainda não tem no campeonato. Até porque eu assisti as partidas anteriores no campeonato, respeitando o trabalho anterior, mas o time não tem uma identificação.

Pedido por reforços
O Avaí tem bons jogadores e queremos contratar jogadores, como qualquer outra equipe do campeonato. Temos um grupo que tem os seus limites, as suas qualificações e que tem problemas físicos que foram nítidos. Algumas contratações são importantes e inerentes nesse momento. Isso é o que vai nos fazer evoluir.

A estreia de Daniel, Welton Felipe e Cleverson
Gostei do Welton Felipe, o Daniel falta um pouco de ritmo, mas também gostei, principalmente no final da partida. E o Cleverson se mostrou muito bem também. É um jogador de movimentação. É claro que colocar cinco jogadores que nunca jogaram juntos com mais cinco não tem mágica. Futebol é dia a dia e continuidade e a falta de
sequência, sem dúvida, atrapalha.

Responsabilidade da derrota
A responsabilidade numero um é minha. Acho que hoje fizemos um jogo atento dentro dos nossos limites de força e de capacidade de chegar no gol do adversário. Temos que aumentar esse limite para jogar em alto nível . E, para isso, temos que trabalhar bastante a parte física e técnica.




                        

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