O Grêmio deve entrar em campo contra o Botafogo, domingo, 16h, no Engenhão, com apenas um atacante de referência. Mesmo que o retrospecto da equipe tricolor atuando em um sistema diferente do utilizado habitualmente por Renato não seja favorável, o técnico disse ter gostado do time que treinou nesta sexta-feira, dando indícios de que este será o sistema no Rio de Janeiro.

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Nas três últimas vezes que começou com apenas um atacante, o Grêmio fracassou. Ainda pela primeira fase da Libertadores, jogando na Bolívia contra o Oriente Petrolero, então lanterninha do Grupo 2, a equipe armada por Renato foi goleada pelo adversário e, antes do apito final do árbitro, ouviu os bolivianos gritarem "olé" nas arquibancadas.

Após a partida em Santa Cruz de la Sierra, o presidente Paulo Odone criticou muito o rendimento gremista:

— Nada deu certo. Foi a pior jornada até agora na Libertadores – disse Paulo Odone.

Na decisão da Taça Farroupilha – o segundo turno do Gauchão – o único atacante da equipe era Borges. Naquela partida, o Tricolor foi derrotado nos pênaltis. Perdia durante boa parte dos 90 minutos e só conseguiu o empate quando Junior Viçosa entrou para fazer companhia a Borges no sistema ofensivo.

A última experiência do treinador com um sistema recheado de jogadores no meio-campo e usando um homem só como referência na frente foi contra o São Paulo, pela quarta rodada do Brasileirão. O Grêmio perdeu por 3 a 1, foi dominado durante grande parte do duelo, mas o resultado não passou pela mudança de esquema, segundo o comandante:

– O esquema não teve nada a ver com a derrota. Empatamos o jogo e sofremos o segundo gol por um erro nosso. Independente do esquema, lutamos e brigamos até o fim. Estávamos bem na partida, mas erramos e sofremos o segundo gol. Depois, saímos em busca do empate e tomamos o terceiro – disse Renato.

Diante do Botafogo, muda também o sistema defensivo. No treino desta sexta-feira, o time se posicionou com três zagueiros — Mário Fernandes, Rafael Marques e Neuton —, mas Willian Magrão recuou para a zaga formando uma linha de quatro defensores quando a equipe ficava sem a bola. Quando a equipe tem a posse, Magrão avança. Gabriel e Lúcio serão alas. Marquinhos e Douglas devem jogar mais liberados, se aproximando de Lins.

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