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Esportes  | 07/06/2011 22h42min

Emoção e boa atuação marcam despedida de Ronaldo pela Seleção

Fenômeno levou perigo ao gol romeno em três oportunidades nos 16 minutos em que esteve em campo

Tomás Hammes  |  tomas.rodrigues@rbsonline.com.br

O fim de uma era. Terminou por volta das 22h42min desta terça-feira, dia 7 de junho de 2011, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, a trajetória de Ronaldo na Seleção Brasileira. Foi nesse horário que o árbitro Sergio Pezzotta, da Argentina, apitou pela última vez na primeira etapa do amistoso contra a Romênia. A partida marcou a despedida do Fenômeno, apelido recebido na Itália e carregado durante toda a sua carreira. Mesmo fora de forma, o centroavante levou perigo ao time europeu, arriscando em três oportunidades.

Maior artilheiro da história das Copas com 15 gols marcados em quatro mundiais (1994, 1998, 2002 e 2006), ele voltou a vestir a camisa canarinho após quase cinco anos - o último jogo que tinha defendido a Seleção ocorreu no dia 1º de julho de 2006, na derrota por 1 a 0 para a França na Copa do Mundo da Alemanha - onde atuou por cerca de 16 minutos.

Foto: Mowa Press

Ronaldo não ficou no banco. Enquanto a bola rolava, permaneceu aquecendo no vestiário. Subiu ao campo aos 27 minutos da primeira etapa, quando foi ovacionado pelos torcedores. Três minutos depois, o quarto árbitro, o brasileiro Sálvio Espínola, levantou a plaqueta. Indicava a entrada do Fenômeno no lugar de Fred, que havia marcado o primeiro gol do jogo oito minutos antes.

A atuação

Seu primeiro toque na bola ocorreu aos 32. Apenas devolveu um passe pela esquerda no campo de ataque. Três minutos depois, após uma bela jogada brasileira dentro da área com a sua participação, o camisa 9 chutou de direita, obrigando o goleiro romeno a praticar grande defesa.

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Aos 39, um lance pouco visto em sua carreira. Robinho o deixou na frente do gol, mas o centroavante pegou mal na bola e o chute saiu pelo lado. Ronaldo achou graça do lance e riu, recebendo um abraço do atleta do Milan. No minuto seguinte, arriscou um belo chute de dentro da área, mas o goleiro salvou novamente.

Não marcou, é verdade. Mas era o que menos importava. Na noite desta terça, os torcedores que estiveram no estádio foram reverenciar o goleador que tantas alegrias deu aos brasileiros. Após o término do primeiro tempo, o camisa 9 ganhou a bola de Sergio Pezzotta. Ao lado dos filhos Ronald e Alex, deu uma volta olímpica com a bandeira do Brasil.

Foto: Mowa Press

Feliz pelo momento, foi até o palco no meio de campo e agradeceu:

– Muito obrigado por tudo que vocês fizeram na minha carreira inteira. Por me aceitarem do jeito que eu sou. Por terem chorado quando chorei, por terem sorrido quando sorri. Só tenho a agradecer do fundo do meu coração. Muito obrigado e até breve, dessa vez fora dos campos.

A carreira

Contando o jogo de hoje, Ronaldo disputou 105 pela Seleção, com 67 gols marcados, só superado por Pelé com 95. Em 2002, chegou ao auge da carreira, ao fazer oito gols na Copa do Mundo do Japão e da Coreia do Sul, escrevendo o seu nome entre os maiores jogadores da história do futebol.

Foto: Jefferson Bernardes, AFP

Nos Mundiais, em 19 confrontos, saiu vitorioso em 15 deles. Teve três derrotas e um empate. Além do título em 2002, esteve no grupo que ganhou a Copa de 1994 nos EUA. Disputou a Olimpíada de 1996 em Atlanta, nos EUA, ajudando o time a conquistar a medalha de bronze. Ainda levantou a Copa América em 1997 e 1999 e a Copa das Confederações em 1997.

A Seleção fica órfã. Após uma sequência de Careca, Romário, e a despedida de Ronaldo, não tem um sucessor à altura. Perde o camisa 9, o homem de referência. Fred, Alexandre Pato, Nilmar, Leandro Damião aparecem como postulantes ao cargo.

Ronaldo sai de cena, mas deixa um legado imensurável. O povo brasileiro agradece. Obrigado, Fenômeno.

 

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