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Esportes  | 07/06/2011 17h54min

Quem será o dono da 9 que já foi de Ronaldo?

No momento, Fred e Damião disputam o posto consagrado pelo Fenômeno

Sandro Fávero, de São Paulo  |  sandro.favero@gruporbs.com.br

A eliminação da Copa do Mundo de 2006 decretou o fim do ciclo de Ronaldo na Seleção Brasileira. Mais um Mundial passou, outras competições e amistosos foram disputados, mas até agora a camisa 9 ainda não encontrou um dono à altura do Fenômeno. O ex-craque chegou a apontar Neymar como o seu sucessor:

– Não tenho pretensão de ser insubstituível e não ficaremos órfãos de um grande craque. O Neymar tem esse perfil e margem para melhor técnica, tática e fisicamente. É a aposta do futuro – afirmou.

Ninguém duvida do talento do jovem santista, mas todos sabem que Neymar é atacante e não um centroavante como foi Ronaldo. Vários jogadores foram testados na posição por Dunga, técnico que sucedeu Carlos Alberto Parreira, o último treinador de Nazário na seleção. Vagner Love ganhou várias chances. Jô, Rafael Sobis e até o desconhecido Afonso Alves também tiveram oportunidade.

Adriano foi a grande decepção. Fred sumiu. Alexandre Pato não caiu nas graças de Dunga, e Nilmar acabou sendo considerado um reserva de luxo. Luis Fabiano ganhou a concorrência e ficou com a responsabilidade de substituir Ronaldo. Marcou três gols, foi o artilheiro brasileiro na Copa, mas a eliminação da Seleção ofuscou seu bom desempenho.

Com Mano Menezes novos nomes foram convocados. André, ex-Santos, não se garantiu. Hulk também não. A boa fase no Milan transformou Alexandre Pato na principal aposta para herdar a camisa 9. As lesões, porém, continuam o atrapalhando, tanto que ainda é dúvida para a Copa América. Dois jogadores estão sendo testados nos amistosos contra Holanda e Romênia. Fred não foi bem, e Damião não teve muito tempo no jogo de Goiânia.

Para o ex-jogador Careca, que já foi o dono da posição na Seleção, a falta de aproximação dos meias, prejudicou Fred.

– Foi muito fácil marcá-lo. Faltou articulador, um meia que acelerasse um pouco mais e fizesse chegar a bola nele. Quando chegava, estava marcado. O jogo estava robotizado – criticou.

Sobre Damião, Careca teceu vários elogios e admitiu que o indicou ao clube em que foi ídolo na Itália na década de 80, o Napoli.

– É um outro estilo, mas é um jogador diferenciado. Leandro é um jogador que a gente vem acompanhando. Tem muito talento, sabe finalizar bem, explosivo, tem ótima impulsão, sabe antecipar, apesar de não ser habilidoso. Se for montado um esquema pra ele será muito útil à seleção. Seis meses atrás eu o indiquei ao Napoli que ainda não havia renovado com o Cavani. Não deu aquela vez, mas é um jogador que continua nos planos. Leandro Damião com certeza jogaria em qualquer país do mundo.

Quando Ronaldo se despedir da seleção no amistoso de hoje com a Romênia, Leandro Damião será o seu substituto depois do intervalo. É mais um jovem talento que tentará ser tão bom quanto o inesquecível R9.

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