Aos 28 minutos do segundo tempo começou a debandada de torcedores para casa. Nesse mesmo momento, o atacante Talles Cunha aproveitou o rebote e foi, de cabeça, para o fundo da rede da Chapecoense junto com a bola. Foi o gol para decidir a partida e reverter para o Tigre a vantagem no jogo de volta da final.

O gol do atacante não teria oportunidade melhor para ser feito. O jogo estava equilibrado, brigado, de forte marcação. Os mais de 15 mil torcedores já não acreditavam mais, quando Talles Cunha usou a cabeça e mudou o curso da decisão do Catarinense. Com o gol da vitória do Tigre, o atacante provou mais uma vez que no tricolor não há apenas um goleador.

— Estou muito feliz, agora trouxemos a vantagem para nós e empurramos a responsabilidade para a Chapecoense. Essa semana vamos rever os erros e manter a postura daqui lá no Oeste — disse determinado.

O “gol salvador” foi a afirmação do atleta. Tímido, ele chegou ao Criciúma em março, dias antes da final do turno, num “pacotão” de reforços com outros três jogadores vindos do Internacional B, emprestados. E no returno, Talles, junto com os mesmos companheiros, foi envolvido numa polêmica. A direção do Tigre teria dito que o quarteto seria devolvido por não apresentar bons resultados. Mas não foram, e Talles Cunha ficou no Tigre para deixar sua marca neste momento histórico do Criciúma, que desde 2005 busca um título estadual.

— Nossa permanência no clube provou que temos condições de ficar e ajudar. O técnico me deu tranquilidade para entrar no jogo. E quando vi o Pirão escorando a bola na área só pensei em fazer o gol, a hora era aquela — comemorou.