Durante toda a semana, o segundo jogo da semifinal ficou em segundo plano. O assunto principal era o preconceito sofrido pelo meio de rede Michael, do Vôlei Futuro, por parte da torcida do Sada Cruzeiro, na sexta-feira passada, no primeiro jogo.

No segundo jogo, neste sábado, os jogadores do Vôlei Futuro entraram em quadra com uma camiseta rosa, em homanagem a Michael. Nas arquibancadas, bate-bates rosas e camisetas e bandeiras contra a discriminação. Mas isso ficou de lado contra a bola subiu para o início do jogo.

As equipes deram mostras de que o esporte não ficou de lado mesmo com a polêmica. Com o Ginásio Plácido Rocha lotado e mostrando apoio a Michael, o Vôlei Futuro venceu por 3 sets a 2 (19-25, 25-17, 21-25, 25-22 e 18-16) em grande jogo. Homenageado, Michael foi eleito o melhor em quadra.

Torcida do Vôlei Futuro ergueu enorme bandeira com frase contra o preconceito

Desde cedo, a torcida do Vôlei Futuro mostrou apoio ao central. Dentro de quadra, os times davam sinais de que o espetáculo seria duradouro. No primeiro set, o time da casa  entrou desconcentrado. Os visitantes, sem se incomodar com a pressão dos 2.200 torcedores, triunfaram facilmente.

Na arquibancada, uma enorme bandeira da luta contra o preconceito foi estendida. Michael se animou. E na força do central o Vôlei Futuro cresceu. Com saques potentes e ataques certeiros do jogador, o time atropelou o Cruzeiro no segundo set.

Os visitantes, dispostos a fecharem a série, venceram o terceiro set e ficaram próximos da final inédita. Mas o Vôlei Futuro voltou a crescer, mostrou a força de seu estrelado conjunto e fechou as duas parciais seguintes, com uma atuação de gala principalmente de Lucão e Michael.

A luta contra o preconceito não acabou. Assim como a série, que terá seu terceiro jogo na sexta-feira, de novo em Contagem (MG), onde toda a polêmica começou. E, de novo, o Vôlei Futuro deve entrar em quadra homenageando Michael com camisetas rosas e bandeira colorida.